Retrato de Manuel Gustavo Bordalo Pinheiro
, 1884
Columbano Bordalo Pinheiro
Óleo sobre madeira.
46 × 36 cm
46 × 36 cm
assinado e datado
Inv. 1004
Historial
Legado de Manuel Gustavo Bordalo Pinheiro em 1942.
Exposições
Lisboa, 1884, 11, des.; Lisboa, 1904, 51; Lisboa, 1957, 16; Lisboa, 1980, 15, cor; Paris, 1987, 190, p.b.; Lisboa, 1988, 190, p.b.; Queluz, 1989, 34; Lisboa, 1994, 59; São Paulo, 1996, cor; Lisboa, 2002; Lisboa, 2005; Caldas da Rainha, 2005, 261, cor; Lisboa, 2007; Istambul, 2009, 21.
Bibliografia
OLIVEIRA, 1884, des.; RAMALHO, 1885, 54; MACEDO, 1945, 9, p.b.; SALAZAR, 1945, p.b.; MACEDO, 1952, XX, p.b.; PAMPLONA, 1954, vol. I; Revista e Boletim da ANBA(...), 1957, 12 – 13, p.b.; FRANÇA, 1967, vol. II, 265; SAMPAYO, 1969, 8, p.b.; FRANÇA (et al.), 1973, 345, cor; FRANÇA, 1979, 28; Columbano, 1980, 37, cor; FRANÇA, 1981, 73; FRANÇA, 1987, 37; FRANÇA e COSTA, 1988, 220, p.b.; LAPA, 1994, 112, cor; O Grupo do Leão (...), 1996, 45, cor; ELIAS, 2002, 117 ss.; LAPA, 2003, 1; FALCÃO, 2003, 188; Malhoa e Bordalo (...), 2005, 208, cor; Columbano Bordalo Pinheiro, 1874 – 1900, 2007, 113; Lisboa, memórias de outra cidade, 2009, 82, cor.
Legado de Manuel Gustavo Bordalo Pinheiro em 1942.
Exposições
Lisboa, 1884, 11, des.; Lisboa, 1904, 51; Lisboa, 1957, 16; Lisboa, 1980, 15, cor; Paris, 1987, 190, p.b.; Lisboa, 1988, 190, p.b.; Queluz, 1989, 34; Lisboa, 1994, 59; São Paulo, 1996, cor; Lisboa, 2002; Lisboa, 2005; Caldas da Rainha, 2005, 261, cor; Lisboa, 2007; Istambul, 2009, 21.
Bibliografia
OLIVEIRA, 1884, des.; RAMALHO, 1885, 54; MACEDO, 1945, 9, p.b.; SALAZAR, 1945, p.b.; MACEDO, 1952, XX, p.b.; PAMPLONA, 1954, vol. I; Revista e Boletim da ANBA(...), 1957, 12 – 13, p.b.; FRANÇA, 1967, vol. II, 265; SAMPAYO, 1969, 8, p.b.; FRANÇA (et al.), 1973, 345, cor; FRANÇA, 1979, 28; Columbano, 1980, 37, cor; FRANÇA, 1981, 73; FRANÇA, 1987, 37; FRANÇA e COSTA, 1988, 220, p.b.; LAPA, 1994, 112, cor; O Grupo do Leão (...), 1996, 45, cor; ELIAS, 2002, 117 ss.; LAPA, 2003, 1; FALCÃO, 2003, 188; Malhoa e Bordalo (...), 2005, 208, cor; Columbano Bordalo Pinheiro, 1874 – 1900, 2007, 113; Lisboa, memórias de outra cidade, 2009, 82, cor.
O Retrato de Manuel Gustavo Bordalo Pinheiro, sobrinho, do artista filho de Rafael, apresenta uma construção expressiva que é levada ao seu extremo através da autonomia da mancha cromática sem contornos desenhados. Dando continuidade aos fundos claros abstractos nos quais se recorta a figura mais escura, Columbano trabalha a indefinição geral dos planos confundindo chão e paredes, agora sem os subterfúgios naturalistas da sombra e da penumbra como ainda acontecia em O Concerto de amadores. Apenas o rosto apresenta ainda um acabamento ligeiramente mais contrastante com o esboçado geral. A meia vermelha, bem como a dimensão das mãos entrelaçadas suportando o joelho, remetem para um primeiro plano. Aspectos do corpo, tradicionalmente secundarizados relativamente ao rosto, no retrato, e que inscrevem um assumido realismo. Por outro lado criam uma certa tensão, mas já não como instantâneo de um dinamismo, pois que a pose da figura é estática. O posicionamento altivo do rosto dá-lhe um aspecto caricatural que nos primeiros anos era recorrente e se foi diluindo nestes. Um elemento que produz um pólo de atenção dominante é o passepartout branco articulado com o espaldar preto da cadeira, construindo uma espacialidade abstracta e racional, geradora de uma profundidade apenas indicada ao redor da figura. A dimensão pictórica não se limita a irromper em aspectos determinados mas ocupa a totalidade da superfície relegando os signos de natureza representativa para um detalhe secundário. Neste sentido, o Retrato de Manuel Maria Bordalo Pinheiro é um momento extremo na modernidade da obra de Columbano.
Pedro Lapa
Pedro Lapa