Hugo Canoilas, Painéis sem título (podemos ficar todos juntos)
24.02.11 - 20.03.2011
Pedro Cabral Santo, Sem Dó, com Ré,
24.03.11 - 24.04.11
Com o intuito de expor obras contemporâneas que se relacionassem directa ou indirectamente com as pinturas atribuídas a Nuno Gonçalves: os Painéis de S. Vicente, S. Vicente na cruz em aspa, e outras; mas também, temas afins ou derivados como «a querela em torno dos Painéis», «a transversalidade da obra de Nuno Gonçalves na arte portuguesa», «as articulações possíveis entre os Painéis e obras coevas produzidas no espaço europeu», a FBAUL, através do seu Centro de Investigação em Belas Artes, dirigiu um convite a 26 autores para um conjunto de exposições em três locais diferentes.
Tratando-se de um projecto que pretende provocar uma inter-iluminação entre dois tempos separados por cinco séculos, a partir de uma obra matricial e interpelante da cultura portuguesa que serve de plano fecundo de exploração para os artistas da actualidade, o Museu Nacional de Arte Contemporânea constitui um lugar privilegiado para a realização do objectivo principal da exposição D’Après Nuno Gonçalves.
Em momentos diferentes mas sucessivos, Hugo Canoilas com a obra Painéis sem título (podemos ficar todos juntos), e Pedro Cabral Santo com a obra Sem Dó, com Ré, os dois autores que expõem na Sala Polivalente deste Museu, através das suas soluções artísticas e por intermédio de diversos meios expressivos, dão-nos a ver, a escutar, e a perscrutar na temporalidade e na obra de Nuno Gonçalves dimensões só perceptíveis a partir de olhares muito posteriores ao tempo da produção deste autor, enraizados numa experiência hodierna do mundo, mas profunda e criativamente envolvidos na construção incessante dos arcos que nos interligam com outros momentos do devir da arte, sejam os pretéritos, sejam os vindouros.