Fernando Lanhas
Porto , 1923 – Porto , 2012
Formado em Arquitectura pela Escola Superior de Belas-Artes da Universidade do Porto em 1947, é principalmente reconhecido pela sua actividade como pintor. Durante o período de formação no Porto, dirigiu o Grupo de Estudantesde Belas-Artes. Pertencendo a um círculo de alunos dosquais faziam parte Nadir Afonso, Júlio Pomar ou ManuelPereira da Silva, cedo se interessa pela pintura. Embora inicie as suas pesquisas pictóricas com temas figurativos, depressa desenvolve uma linguagem abstracta que lhe permite reflectir sobre a espacialidade. Participou na organização das Exposições Independentes que foram apresentadas no Porto e noutras cidades do país entre 1943 e 1950. Ao longo da sua carreira participa em diversos certames artísticos nacionais e internacionais, com destaque para as Bienais de São Paulo (1953 e 1955) e para a Bienal de Veneza (1960).
Além da pintura, Lanhas desenvolve outras actividades. Como arquitecto, a sua obra insere-se numa linha racionalista, como se pode observar nas remodelações dos museus de Paços de Ferreira, Paredes, Figueira da Foz e museu militar do Porto. O interesse pela arquitectura de museus levam-no a explorar questões museográficas, organizando várias montagens de exposições. Simultaneamente, explora outras áreas científicas, como a astronomia, geofísica, arqueologia, antropologia ou etnografia. Na década de 1960 dedicou-se à inventariação de locais de interesse arqueológico, sobretudo do Norte de Portugal. Foi director do Museu Etnográfico e Histórico do Porto, cargo que manteve entre 1973 e 1993. A sua obra pictórica é concebida através da evocação de uma metodologia científica e técnica. Intensamente marcada pela linguagem do Abstraccionismo geométrico e pelos jogos perceptivos, a sua pintura caracteriza-se formal e conceptualmente por uma forte unidade estilística. A sua profícua carreira foi reconhecida publicamente pela Faculdade de Belas-Artes do Porto em 2005, com a atribuição do grau de doutoramento Honoris Causa.
Joana Baião
Além da pintura, Lanhas desenvolve outras actividades. Como arquitecto, a sua obra insere-se numa linha racionalista, como se pode observar nas remodelações dos museus de Paços de Ferreira, Paredes, Figueira da Foz e museu militar do Porto. O interesse pela arquitectura de museus levam-no a explorar questões museográficas, organizando várias montagens de exposições. Simultaneamente, explora outras áreas científicas, como a astronomia, geofísica, arqueologia, antropologia ou etnografia. Na década de 1960 dedicou-se à inventariação de locais de interesse arqueológico, sobretudo do Norte de Portugal. Foi director do Museu Etnográfico e Histórico do Porto, cargo que manteve entre 1973 e 1993. A sua obra pictórica é concebida através da evocação de uma metodologia científica e técnica. Intensamente marcada pela linguagem do Abstraccionismo geométrico e pelos jogos perceptivos, a sua pintura caracteriza-se formal e conceptualmente por uma forte unidade estilística. A sua profícua carreira foi reconhecida publicamente pela Faculdade de Belas-Artes do Porto em 2005, com a atribuição do grau de doutoramento Honoris Causa.
Joana Baião