P13–66

, 1966

Fernando Lanhas

Seixo pintado a óleo

7,5 × 10 × 11,5 cm
Inv. 2348
Historial
Doação do autor em 1995.

Exposições
Lisboa, 1998, 147, cor; Porto, 2001, 90, cor; Caminha, 2001; Lisboa, 2002; Lisboa, 2004; Lisboa, 2008; Lisboa, 2008; Lisboa, 2009.

Bibliografia
O Que Há de Português (…), 1998, 146, 147, cor; Fernando Lanhas, 2001, 90, cor; FARIA, 2001,  37, p.b.
Intimamente unido à natureza, o trabalho de Fernando Lanhas, após ter adoptado os seus esquemas relacionais como estruturas pictóricas e ter integrado, em 1944, o pó das pedras nas tintas de óleo, inicia em 1949 um percurso contrário. A marca da natureza na pintura é substituída pela acção da pintura nos elementos da própria natureza, antecipando o movimento da Land art. Seixos rolados que encontra nos seus passeios e selecciona segundo as sugestões da sua configuração para permitir posteriores intervenções. Fernando Lanhas inscreve nos seixos as linhas e as manchas de tons baços, com preceitos de síntese geométrica idênticos à sua pintura. Ao mesmo tempo, estabelece uma ponte com os estudos que desenvolvera sobre os pesos de rede de pesca, conceptualizando a incisão utilitária a que estes eram submetidos. Em 1952 radicalizará estes pressupostos intervindo pictoricamente nos rochedos da serra de Valongo.

Maria Jesús Ávila