André Sier - Atlantis
André Sier - Atlantis

Sala SONAE

entrada: Condições Gerais

Atlantis

André Sier

2016-09-08
2016-12-04
Curadoria: Adelaide Ginga
Nesta primeira exposição individual do artista André Sier no MNAC é apresentada a instalação interactiva “Atlantis (Sólon Interface)” e pinturas “Atlantis Maps (Carbon dated circa -9600)”, trabalhos inéditos desenvolvidos na âmbito de linguagens da arte digital que se integram na série piantadelmondo.info, um conjunto de trabalhos que o artista tem vindo a desenvolver desde 2007 e que exploram a criação virtual de cidades imaginárias.
André Sier não procura, em “Atlantis”, criar um simples videojogo, mas sim uma peça audiovisual interactiva, composta por três elementos de diferente natureza: uma projecção construída com base num sistema estrutural de videojogo, mas com software desenvolvido pelo artista, e assumida como proto-jogo, sem manual de instruções; um tetraedro suspenso na sala, acoplado com um sistema electrónico manufacturado e que serve de interface, permitindo a inserção das ações do visitante; sete pinturas em caixas de acrílico, protótipos de mapas de estudo dos gráfico digitais, impressos em tela e com elementos electrónicos não funcionais, qual registo arqueológico de tecnologia, ligados por solda, numa evocação do metal associado à Atlântida, o mítico oricalco.
Os navegadores virtuais, no século XXI, encontram mapas que os transportam a um dispositivo desconhecido. Aparentemente o dispositivo permite acompanhar de perto e na primeira pessoa uma experiência do ambiente dos relatos de Platão. Mitos de uma civilização desconhecida, avançada e já desaparecida, organizada em cidades-estado tri-concêntricas, detentora de tecnologias e costumes inauditos. O dispositivo aparenta ter alguns erros, suspende o tempo pelo espaço e há relatos de confluências e momentos diacrónicos a ocuparem a mesma região espacial. Numa única noite de infortúnio, o mar destruiu cataclismicamente a cidade, cujos resquícios são milenarmente absorvidos pela terra e arqueologicamente construídos pelo artista. Até hoje, não se sabe ao certo se o dispositivo presente nesta exposição aponta para este lugar cartografado, mas estamos parados no tempo de um desses momentos, a jogar histórias e fragmentos de objectos que comunicam de forma arcaica e enigmática entre si na senda da cidade mítica.
Uma viagem escolástica de aventura labiríntica em busca da cidade perdida de Atlântida.

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Atividades

    2016-10-20 18h30
    Arte, algoritmos e utopia
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