Na origem deste projecto existe uma viagem pedestre em torno do “tecto da Europa” - Tour du Mont Blanc. Trilho este que, envolto das paisagens das grandes montanhas nevadas dos Alpes, dos seus glaciares, florestas nativas e planícies rochosas, parece revelar, preservando, a origem da vida selvagem.
Ao longo desta travessia, com a distância de 174 km e 12 dias de viagem, foi feito um levantamento fotográfico a partir de uma regra de distâncias definida pela dimensão da própria natureza envolvente. Entre cada porção de distância foram produzidas duas fotografias, respectivamente, o lado esquerdo e o lado direito da paisagem, de modo a cobrir todo o ângulo de visão frontal.
A sua apresentação requer um suporte específico de projecção, constituído por duas grandes telas de madeira - que quando juntas constituem um panorama - unidas ao centro por um ângulo de 120º, pretendendo respeitar exactamente o ângulo que distanciou nas captações, esquerda e direita, durante o percurso no TMB.
Sobre Pedro Vaz
Pedro Vaz (Maputo, 1977) obtém
a graduação em Artes Plásticas Pintura, pela Faculdade de Belas Artes da
Universidade de Lisboa em 2006.
No presente ano é premiado no concurso internacional Beers Contemporary Award for Emerging Art, em Londres, e recebe apoio para o desenvolvimento do projecto Tour du Mont-Blanc pela Fundação Calouste Gulbenkian e pela Duplacena.
Expôs individualmente Stimmung, no CAPC - Círculo de Artes Plásticas de Coimbra e participou nas colectivas Raukoon - Pedro Vaz X João Queiroz, também no CAPC, e 50 Anos da Galeria 111 em Lisboa.
Tem agendado para 2015 a exposição individual Mont-Blanc, na Galeria 111.
Pedro Vaz, vive e trabalha em Lisboa.