O trabalho de Alexandre Estrela (n. 1971) teve as suas primeiras apresentações públicas no início da década de 90 em exposições colectivas, tais como Artstrike (1991), Independent Worm Saloon (1994) ou Wallmate (1995), entre muitas outras, que reuniram alguns dos mais significativos artistas de uma nova geração. Tomando como ponto de partida as práticas conceptuais dos anos 70 e desenvolvendo-as num momento de radicais alterações tecnológicas, esta geração reconfigurou o objecto artístico e alterou radicalmente o horizonte da produção nacional.
Se alguns dos artistas desta geração orientaram os seus trabalhos para uma discursividade de natureza política, Alexandre Estrela rejeitou a dimensão narrativa tão recorrente nas práticas artísticas contemporâneas. Trabalhando com a percepção, a apropriação e o estrutural os seus objectos artísticos revelam as próprias fissuras, deslocações e diferenças destas categorias que neles fazem convergir o previsível e o imprevisível, o imediato e o mediato, o irreversível e o reversível nessa figura do estranho que retorna familiar e inquietante.
As suas obras produzidas no contexto tecnológico da informação promovem uma contínua deslocação entre formas e categorias estéticas, por um lado; e as possibilidades tradicionalmente consignadas aos media com que trabalha, por outro. Neste jogo de deslocações, ambos os aspectos se contaminam e produzem rearticulações infinitas para cada uma destas polaridades, como se formas e media continuamente se engendrassem numa teia. Assim, diante dos vídeos de Alexandre Estrela, perguntamos sempre o quê em vez de quem, pois que as suas imagens dependem desta teia de articulações produzidas pela inscrição e o intervalo.
Esta exposição é a primeira grande mostra de Alexandre Estrela. Reúne um amplo conjunto de trabalhos especialmente produzidos para o efeito, a par de outros mais antigos do seu vasto trabalho, que se integram no conceito orientador desta mostra: a ciência como ficção ou ficção científica como protensão do gesto artístico.
Pedro Lapa
Director do Museu do Chiado – Museu Nacional de Arte Contemporânea
MNAC
entrada: Condições GeraisStargate
Alexandre Estrela
2006-07-07
2006-09-17
Curadoria: Pedro Lapa
Em Exibição
TRANSGRESSÕES
2024-11-22
2025-01-15
Curadoria: Rui Afonso Santos
Oito painéis impressos apresentam a imagem manipulada de peças do acervo de escultura do Museu Nacional de Arte Contemporânea, fundado precocemente em 1911, no quadro mental renovador da jovem Primeira República portuguesa.
Biografia do traço. Desenhos da colecção MNAC - 1836//2024
2024-10-25
2025-01-26
Curadoria: Maria de Aires Silveira
O Desenho – a disciplina mais próxima da ideia – é um eixo pedagógico central ao treino da mão e da visão.
IMAGO 2024
Cuspindo a Barlovento
2024-09-26
2025-01-05
A 6ª edição do Imago Lisboa propõe como tema central Action for a Green Future onde se convocam várias narrativas artísticas em torno do aquecimento global.