CRAVOS E VELUDO
Arte e Revolução em Portugal e na Checoslováquia
1968 – 1974 – 1989
Dia 19 de julho, pelas 18h00, inaugura, no Museu Nacional de Arte Contemporânea (MNAC), na Ala Wilmotte e na Galeria Millennium bcp, a exposição “CRAVOS E VELUDO Arte e Revolução em Portugal e na Checoslováquia 1968 – 1974 – 1989”, que estará patente de 20 de julho a 27 de outubro de 2024.
Com curadoria de Adelaide Ginga (Museu de Arte Contemporânea Armando Martins - MACAM, Lisboa) e Sandra Baborovská (Galeria Municipal de Praga, GHMP, Praga) e com o apoio mecenático da Fundação Millennium bcp e a parceria, da RTP 2 e do Público, como Media Partners, e da Tinta da China (editora), a exposição dá a conhecer arte portuguesa e checoslovaca com obras das décadas de 1960 a 1990 (além de um núcleo com obras de arte do século XXI, de artistas portugueses e checos de gerações pós-revolução, sobre a temática em causa), incluindo ainda uma cronologia documental sobre as décadas de 1960 a 1990, com especial enfoque nos períodos da Primavera de Praga, Primavera Marcelista, Revolução dos Cravos e Revolução de Veludo.
Esta exposição, pela diversidade de obras e de abordagens ao tema, ocupa quase todo o espaço do MNAC, no edifício Wilmotte, iniciando-se no Piso 1, passando pela Sala dos Fornos, e Piso 3 e terminando na Galeria Millennium bcp, espaço onde se faz a ponte entre a história e o presente artístico, com obras da coleção Millennium bcp e de jovens autores.
A exposição será documentada através de uma publicação bilingue PT-EN, com ensaios inéditos das curadoras, numa edição MNAC| Fundação Millennium bcp | Tinta da China, que brevemente será lançada.
SINOPSE:
Apesar de relações históricas esporádicas e de um grande desconhecimento mútuo da cena artística de cada país, Portugal e a Checoslováquia apresentam inúmeras correspondências no período histórico cronológico que se situa entre três datas chave: 1968-1974-1989. Foi a essa conclusão que as curadoras chegaram em 2014, ano zero deste projeto. Aprofundada durante cinco anos a investigação de ambas resultou na primeira exposição com este tema e título, em 2019, na Galeria Municipal de Praga, celebrando os 30 anos da Revolução de Veludo, e reorganiza-se agora, no MNAC, nos 50 anos da Revolução dos Cravos.
Como ponto comum de partida está o ano de 1968. A Primavera de Praga e a Primavera Marcelista marcam os primeiros momentos de esperança numa reforma política dos regimes autoritários existentes na Checoslováquia e em Portugal, que resultou gorada, com particular coação em Praga. Os anos de 1974 e 1989 assinalam, respetivamente, as datas das revoluções que permitiram, de forma pacífica, conquistar a liberdade em ambos os países: a Revolução dos Cravos, ocorrida em 25 de Abril de 1974, em Portugal, e a Revolução de Veludo, a 17 de novembro de 1989, na Checoslováquia.
O projeto expositivo integra uma cronologia comparativa de factos históricos dos dois países, de 1960 aos anos de 1990, amplamente ilustrada com fotografias, artigos de jornais, cartazes, livros e outros materiais. Evoca, ainda, o episódio das 50 mil rosas, em que uma delegação de jovens portugueses decidiu deslocar-se a Praga, em Dezembro de 1989, para entregar 50.000 rosas aos apoiantes da liberdade e da revolução na Checoslováquia.
O programa educativo complementar, a anunciar brevemente, contempla, ainda, visitas orientadas com convidados histórica ou profissionalmente relacionados com a temática e mesas redondas para discussão de várias temáticas abordadas neste projeto.
Sobre a Fundação Millennium bcp
A Fundação Millennium bcp afirma-se como agente de criação de valor na sociedade, nas diversas áreas da sua intervenção, assumindo um claro compromisso de apoio ao desenvolvimento das comunidades em que se insere. Nesse sentido, procura apoiar várias iniciativas que alinhem com os valores do Millennium bcp e simultaneamente satisfaçam algumas das principais necessidades identificadas nestas três áreas de atuação – Cultura, Ciência e Conhecimento e Solidariedade Social – em Portugal e noutros países onde o Millennium bcp desenvolve a sua atividade.
Artistas que integram a exposição:
Adéla Babanová
Adriena Šimotová
Alberto Carneiro
Alfredo Cunha
Álvaro Lapa
Ana de Almeida
Ana Hatherly
Ana Vieira
António Aragão
António Barahona da Fonseca
António Barros
Artur Cruzeiro Seixas
Artur Rosa
Carla Filipe
E. M. de Melo e Castro
Eduardo Calvet de Magalhães
Ernesto de Sousa
Eva Kmentová
Fernando Aguiar
Fernando Calhau
Helena Almeida
Herberto Hélder
Hugo Demartini
Jan Mlčoch
Jiří Kovanda
João Vieira
Jorge Silva Horta
José Alberto Marques
Júlio Pomar
Július Koller
Karel Cudlín
Karel Miler
Leonel Moura
Lourdes Castro
Ľubomír Ďurček
Manuel Alvess
Maria Helena Vieira da Silva
Milan Adamčiak
Milan Knížák
Paula Rego
Pavel Štecha
Pedro Xisto
Petr Štembera
Pires Vieira
Salette Tavares
Sara & André
Silvestre Pestana
Vitor Pomar
Vladimír Ambroz
Zbyněk Baladrán
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