Conversa com:
Isabel do Carmo e Giulia Strippoli no âmbito da exibição do filme "Night for Day" (2020) de Emily Wardill
Com moderação de Emília Tavares e Sandra Vieira JürgensIsabel do Carmo
Natural do Barreiro. Fez parte do liceu em Setúbal. Licenciada e doutorada pela Faculdade de Medicina de Lisboa (FML). Especialista de Endocrinologia, diabetes e nutrição. Médica no Hospital de Santa Maria em toda a vida profissional e directora do Serviço de Endocrinologia até 2013. Criou com Daniel Sampaio o Mestrado de Doenças Metabólicas e Comportamento Alimentar na FML, onde ainda hoje lecciona. Fez parte dos órgãos directivos da Ordem dos Médicos antes do 25 de Abril, altura em que foi presa.
Militante do PCP entre os 18 e os 29 anos. Fundadora com Carlos Antunes das Brigadas Revolucionárias em 1970. Com militância muito activa no período revolucionário de 1974/75, foi directora do jornal Revolução e colaboradora do jornal Página Um. Esteve presa durante quatro anos após a contra-revolução. Integrou organizações como o Fórum de Ecologia e Alternativas e o Tempo de Avançar. Faz parte da Associação Manifesto e do grupo de profissionais de Saúde Estamos do lado da Solução. Para além de livros e artigos de natureza científica da área da Medicina, escreveu em colaboração com João Lobo o livro Dossier Checoslováquia em 1970, Puta de Prisão em 1982 e mais tarde escreveu com Lígia Amâncio Vozes Insubmissas. Escreveu ainda Histórias que as Mulheres contam e Luta Armada em 2017 e Três ditaduras na Europa Ocidental em 2024. É presidente da Assembleia Geral da Livraria Ler Devagar.
Giulia Strippoli é historiadora, investigadora do Instituto de História Contemporânea da Universidade Nova de Lisboa. Conduziu investigação sobre os partidos comunistas da Europa Ocidental, os movimentos estudantis, a história do trabalho, a militância de esquerda, a história das mulheres e os feminismos, a produção e circulação de imagens (fotografia e cinema). O seu livro mais recente (2024) é em co-autoria com Sandro Moiso e é sobre a experiência do grupo revolucionário Lotta Continua em Portugal entre 1974 e 1975.
MNAC - SALA POLIVALENTE - Rua Serpa Pinto, 4
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