Nesta exposição relacionam-se atitudes artísticas e testemunhos de novidades, na rutura com a tradição, desde 1850, início da coleção do MNAC. Também a geração romântica portuguesa teve essa sedução, essa fantasia de metamorfosear o atual em eterno, ao constituir-se como novo. Por essa razão, estão representadas algumas obras de autores oitocentistas que se confrontam com peças dos artistas das gerações modernas, como Columbano e Mário Eloy, Alfredo de Andrade e José Resende, Faria e Maia e Jorge Vieira.
Em cinco núcleos distintos e cerca de 80 obras, surgem entendimentos diversos de modernidade, nas primeiras décadas do século XX, raramente exibidas, de Eduardo Viana, Carlos Botelho, Paulo Ferreira, José Tagarro, Querubim Lapa. Sem preocupação por divisões cronológicas, deixa-se transparecer a vontade de registar identidades, captar expressões e até uma poética fantasista, mas também a importância da revelação dos modelos representativos das mudanças sociais e o diálogo entre o retrato e os espaços envolventes, entre a figura e a paisagem, desde 1910 a 1950.
Maria de Aires Silveira
De 18 de Maio a 27 de Fevereiro de 2022.
Cerca de 80 obras e 45 autores: pintura, escultura, desenho, organizados em cinco núcleos expositivos:
Identidades e retrato.
A expressão do retrato
Uma poética do retrato
Envolvimento social da identidade
Diálogos Figura/ Paisagem
Exposição realizada com o mecenato da Fundação Millenium Bcp.