pensamento-estômago
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MNAC

Entrada Livre

pensamento-estômago

Musa paradisiaca

2015-03-18
2015-03-31
Curadoria: David Santos
A Musa paradisiaca e o Princípio da Restauração


Desde 2010 que o projeto artístico Musa paradisiaca realiza intervenções ancoradas na prática discursiva e no desenvolvimento, segundo as suas próprias palavras, de “parcerias temporárias com entidades individuais e coletivas de variadas competências”. O objetivo primeiro é construir e ampliar “uma família pensadora, revelada por muitas vozes”. Por isso, o diálogo e a verbalização plural em torno das formas, das matérias, suas simbologias ou micronarrativas, constituem os eixos operativos por onde se afirma uma prática de reflexão e descoberta, criando assim as condições para o desenho de particularíssimas cosmologias, como resultado da “discussão” e da “audição” do objeto, do tema ou do conceito que espoleta todo o processo de envolvimento e comunicação.


Como uma “filosofia prática” que procura a invenção de um culto e de uma comunidade, o projeto obedece a procedimentos específicos e a uma ética da observação em torno do objeto no espaço simbólico da arte, que mistura de modo deliberado o trabalho artístico, o seu discurso e a energia associada à estratégica de o pensar. Daí se potencia uma sensualidade definida pelo contributo polivocal dos narradores convocados, que estabelecem o diálogo paralelo em torno das histórias dessas formas e materiais postos em discussão.


Partindo de um pensamento estômago como conceito da intriga, o projeto apresentado no exercício da plataforma RAUM introduz uma amplitude nova nesse processo dialogante e experimental, traduzida pela abertura, através do anonimato dos participantes, ao discurso do narrador desconhecido. No sistema de uma rede de participação que não será controlada a priori, dependente que está da temporalidade natural e concreta da realidade on line, abre-se outra etapa de colaboração, desafiando os visitantes do RAUM ao discurso de um “pensamento” que passará literalmente, mas também em analogia, pelo “estômago” e pela “digestão”. Estes “pensamentos” realizam uma espécie de dissecação revelada na verdade dessas “entranhas” simultaneamente obscuras e transparentes, sobretudo quando observadas na crua análise do depósito de uma conversação sustentada pela ideia de que, se tudo se pode comer, tudo se pode pensar pelo estômago.


A proposta desta forma desenvolvida como Principio de Restauração, assume ainda o estatuto de “primeira ceia” ao exercer uma dupla magia da atração, tanto pelo ato de comer em grupo, como pelo desafio dos significados, na exploração física e metafórica do exercício da refeição. O pão será o elemento “objeto”, no domínio real ou simbólico, de circulação entre todos os participantes, performando essa partilha, esse convívio narrativo e comunitário.


O pensamento resultará assim de uma digestão concreta que procura a definição de um espaço formativo, na integração progressiva do alimento primordial e dos vários contributos discursivos nele inspirados. O resultado final estará naturalmente dependente do apetite ou do enfado dos que responderem ao desafio desta mesa singular.

Em Exibição

The c(AI)rcles’s Pentagon

By Gencork | Sofalca

2025-05-28
2025-06-26
Curadoria: Portugal Faz Bem
A instalação de design/arte The c(AI)rcle’s Pentagon, que explora a ligação entre inteligência artificial, design (re)generativo, arte e sustentabilidade
Exposição individual

Caminhos

Coleção Millennium bcp

2025-05-16
2025-08-24
Curadoria: Emília Ferreira, Regina Branco e Joana d’Oliva Monteiro
Esta exposição coletiva aborda, a partir do tema da paisagem, o desejo da viagem ou a necessidade íntima de criar caminhos próprios
Exposição temporária

O FARDO DO HOMEM BRANCO

João Fonte Santa

2025-04-10
2025-07-03
Curadoria: Lúcia Saldanha e Rui Afonso Santos
O Artista recorre a uma linguagem figurativa que se vale dos paradigmas oitocentistas do Naturalismo - quer da pintura como da ilustração coevas, visualmente familiares e instituídos.
Exposição individual

ALDEBARAN CAÍDA POR TERRA

2025-03-13
2025-06-22
Aldebaran Caída por Terra é uma série de pinturas moldadas, com formas irregulares e orgânicas, onde o volume e incidência da luz se insinuam na forma de ver os (quase todos) rostos, pintados a pastel de óleo.
Exposição individual

Impressões Digitais. Coleção MNAC

2024-12-12
2026-12-30
Curadoria: Ana Guimarães, Emília Ferreira, Maria de Aires Silveira e Tiago Beirão Veiga
Constituída por obras fundadoras da historiografia da arte portuguesa contemporânea, de 1850 à atualidade, a coleção do MNAC guarda vários tesouros nacionais.
Exposição Permanente

Desde 1911

2022-05-26
2026-05-26
Uma intervenção que celebra os 110 anos do MNAC.
114 anos