O trágico incêndio que em 1988 destruiu boa parte da histórica e cosmopolita zona do Chiado, mais uma vez ameaçando um edificio secularmente sujeito a tais calamidades, veio pelo menos chamar a atenção para uma instituição cultural moribunda carente de urgente renovação e requalificação. A partir de 1989, e ao longo de numerosos obstáculos e dificuldades, foi-se desenhando o destino e a feição do futuro Museu do Chiado. O generoso apoio da França para a sua reabilitação traduziu-se na fundação da Association pour le renouveau du Chiado, confiando-se ao reputado arquitecto Jean-Michel Wilmotte o projecto do edifício, cuja obra foi concretizada pelo Instituto Português do Património Arquitectónico e Arqueológico, com a participação financeira do Fundo Europeu para o Desenvolvimento Regional - FEDER. A recuperação possibilitou igualmente a ocasião única para a prospecção arqueológica e consequente conhecimento do passado longínquo do edificio, que a investigação arquivística igualmente aprofundou.
Inaugurado em 1994, o Museu do Chiado foi, significativamente, o primeiro equipamento concluído no histórico quarteirão lisboeta em reconstrução. O arquitecto Jean-Michel Wilmotte conjugou exemplarmente os vestígios do passado com a mais actualizada linguagem arquitectónica e museal, numa qualidade e rigor que se estendem do desenho dos espaços ao dos equipamentos; a Dra. Raquel Henriques da Silva, Directora do Museu, articulou eficientemente o trabalho conjunto de todos os envolvidos e dirigiu a equipa responsável por tarefas imprescindíveis como o estudo e selecção das obras a expôr, elaboração do Catálogo, montagem e programação; por fim, a empresa Teixeira Duarte, S. A., foi a executante material do projecto e, graças a ela, naquele estaleiro a tradição e prática dos construtores portugueses de outrora foi como que revivida. Momento marcante foi esse, cuja memória o Instituto Português de Museus quis registar através do olhar atento e emocionado do jovem fotógrafo Mariano Piçarra, que fixou o esforço e entusiasmo de uma prática de obra quotidiana, neste Livro de Obra coerentemente associada à história do velho casarão. Num espaço onde se cruzam diversas épocas e linguagens arquitecturais fundiu-se, assim, a poética da criação artística, desde o primeiro momento ligada ao Museu do Chiado, com o gratificante desafio que cons-titui a própria divulgação das obras de arte.
Simonetta Luz Afonso
Mariano Piçarra - Obraçom
© DGPC/MNAC
MNAC
entrada: Condições GeraisObraçom
Mariano Piçarra
1996-01-11
1996-02-04
Em Exibição
Parceria
2024-12-12
2025-03-05
Curadoria: Ana Rito
A exposição ENQUANTO ISSO//MEANWHILE decorre da investigação realizada pelas alunas do Curso de Mestrado em Estudos Curatoriais do Colégio das Artes da Universidade de Coimbra, em residência curatorial no MNAC.
TRANSGRESSÕES
2024-11-22
2025-02-23
Curadoria: Rui Afonso Santos
Oito painéis impressos apresentam a imagem manipulada de peças do acervo de escultura do Museu Nacional de Arte Contemporânea, fundado precocemente em 1911, no quadro mental renovador da jovem Primeira República portuguesa.
Biografia do traço.
Desenhos da colecção MNAC 1836-2024
2024-10-25
2025-01-26
Curadoria: Maria de Aires Silveira
O Desenho – a disciplina mais próxima da ideia – é um eixo pedagógico central ao treino da mão e da visão.
IMAGO 2024
Cuspindo a Barlovento
2024-09-26
2025-01-05
A 6ª edição do Imago Lisboa propõe como tema central Action for a Green Future onde se convocam várias narrativas artísticas em torno do aquecimento global.