A exposição De Picasso a Dalí. As Raízes da Vanguarda Espanhola 1907-1936 inscreve-se numa das linhas programáticas do Museu do Chiado que visa confrontar os sentidos da sua colecção com a diversidade epocal dos respectivos contextos europeus. Idealmente, este objectivo exigiria uma programação sistemática de exposições internacionais que fossem percorrendo a cronologia proposta pela exposição permanente, entre 1850 e 1950. Todavia, os reconhecidos constrangimentos de meios foram conduzindo a realizações mais soltas: primeiro em 1995, Marino Marini, co-produzido com o Museu Réattu de Arles, depois em 1997, Picasso e o Mosqueteiro que teve, como ponto de partida, brilhantemente ultrapassado, uma colecção de desenhos do mesmo Museu. Chega agora a vez de uma exposição mais ambiciosa que permite situar o modernismo português em relação às dinâmicas da arte espanhola sua contemporânea, propondo uma importante área de reflexão que María Jesús Ávila inicia com o seu estudo neste catálogo. Mas a presença de obras de alguns dos maiores mestres da arte internacional do tempo - Picasso, Juan Gris, Dalí, Pablo Gargallo - permitirá também que esta exposição não seja apenas um programa de estudo mas o contacto directo com a diversidade das raízes da nossa contemporaneidade.
Programada desde há dois anos, a exposição que agora se apresenta foi uma proposta do Pavilhão de Espanha da Exposição Mundial de Lisboa 1998 a que eu aderi com entusiasmo depois das primeiras reuniões de trabalho com o comissário proposto, Juan Manuel Bonet, profundo estudioso da arte espanhola da primeira metade do século mas também do modernismo português. Esta circunstância foi garante do equilíbrio, da qualidade e da oportunidade da selecção proposta e configura o dinamismo de um desejável espaço de intercâmbio en re Portugal e Espanha que, além das continuadas marcações da contemporaneidade, se vem delineando, em relação à primeira metade do século, desde as exposições de Almada Negreiros, Vieira da Silva e Amadeo de Souza-Cardoso, apresentadas na Fundação Juan March de Madrid.
Pelo êxito de um projecto realizado em conjunto, quero agradecer ao comissário da exposição, Juan Manuel Bonet e à sua equipa, a Luis Miguel Enciso, Comissário Geral de Espanha de Lisboa’98, a Rafael Gasset, Director do Pavilhão de Espanha, a Francisco Faria Paulino, a todos os meus colegas do Museu do Chiado, e à empresa Repsol pelo seu generoso apoio.
Raquel Henriques da Silva
Director do Instituto Português de Museus
Joaquín Torres Garcia, Composición, 1932
© Instituto Valenciano de Arte Moderna
MNAC
entrada: Condições GeraisDe Picasso a Dali
1998-06-24
1998-09-27
Curadoria: Juan Manuel Bonet
Em Exibição
Parceria
2024-12-12
2025-03-05
Curadoria: Ana Rito
A exposição ENQUANTO ISSO//MEANWHILE decorre da investigação realizada pelas alunas do Curso de Mestrado em Estudos Curatoriais do Colégio das Artes da Universidade de Coimbra, em residência curatorial no MNAC.
TRANSGRESSÕES
2024-11-22
2025-02-23
Curadoria: Rui Afonso Santos
Oito painéis impressos apresentam a imagem manipulada de peças do acervo de escultura do Museu Nacional de Arte Contemporânea, fundado precocemente em 1911, no quadro mental renovador da jovem Primeira República portuguesa.
Biografia do traço.
Desenhos da colecção MNAC 1836-2024
2024-10-25
2025-01-26
Curadoria: Maria de Aires Silveira
O Desenho – a disciplina mais próxima da ideia – é um eixo pedagógico central ao treino da mão e da visão.
IMAGO 2024
Cuspindo a Barlovento
2024-09-26
2025-01-05
A 6ª edição do Imago Lisboa propõe como tema central Action for a Green Future onde se convocam várias narrativas artísticas em torno do aquecimento global.