D. João de Portugal
, 1863
Miguel Ângelo Lupi
Óleo sobre tela
218 × 178 cm
218 × 178 cm
assinado e datado
Inv. 112
Historial
Prova de pensionista do Estado apresentada à Academia de Belas-Artes de Lisboa como candidato a Académico de Mérito, em 1863. Segundo indicação do catálogo de exposição de Miguel Ângelo Lupi, de 1883, “parece que para esta (cabeça de D. João de Portugal) e outras cabeças serviu de modelo o conde de Cabral, miguelista expatriado”. Integrado no MNAC em 1912.
Exposições
Lisboa, 1864; Porto, 1865, 1422; Paris, 1867; Lisboa, 1868, 59; Lisboa, 1883, 21; Lisboa, 1913; Lisboa, 1945; Lisboa, 1983, 1, p.b.; Caldas da Rainha, 1994, 34, cor; Porto, 1999, 107, cor; Lisboa, 2002, 167, cor.
Bibliografia
Relatorio e Contas da Sociedade Promotora das Bellas-Artes em Portugal no Anno de 1863 – 1864, 1864, 11; Catalogo das obras de Miguel Ângelo Lupi, 1883, 11 e 12; CHAGAS, 1883, 78 e 79; PARIS, 1926, 847; LUCENA, 1943, 60; Porto, 1943, 76; MACEDO, 1945, 4; MACEDO, 1947, 5, p.b.; Porto, 1948, 49, p.b.; MACEDO, 1952, 10; PAMPLONA, 1954, vol. II; Lisboa, 1961, XXX, p.b.; SOARES, 1971, 383; Dicionário da Pintura Universal: Pintura Portuguesa, 1973, vol. 3, 215; Miguel Ângelo Lupi: Evocação no Centenário da sua morte nas colecções do MNAC, 1983, 11, p.b.; MARÍN, 1989; Imagens da Família na Arte Portuguesa, 1994, 106, cor; LAPA, 1994, 96, cor; Caldas da Rainha, 1994, 23; As Belas-Artes do Romantismo em Portugal, 1999, 329, cor; Porto, 1999, 37; TAVARES, 2002, 19; SILVEIRA, 2002, 45 – 46; FALCÃO, 2003, 81.
Prova de pensionista do Estado apresentada à Academia de Belas-Artes de Lisboa como candidato a Académico de Mérito, em 1863. Segundo indicação do catálogo de exposição de Miguel Ângelo Lupi, de 1883, “parece que para esta (cabeça de D. João de Portugal) e outras cabeças serviu de modelo o conde de Cabral, miguelista expatriado”. Integrado no MNAC em 1912.
Exposições
Lisboa, 1864; Porto, 1865, 1422; Paris, 1867; Lisboa, 1868, 59; Lisboa, 1883, 21; Lisboa, 1913; Lisboa, 1945; Lisboa, 1983, 1, p.b.; Caldas da Rainha, 1994, 34, cor; Porto, 1999, 107, cor; Lisboa, 2002, 167, cor.
Bibliografia
Relatorio e Contas da Sociedade Promotora das Bellas-Artes em Portugal no Anno de 1863 – 1864, 1864, 11; Catalogo das obras de Miguel Ângelo Lupi, 1883, 11 e 12; CHAGAS, 1883, 78 e 79; PARIS, 1926, 847; LUCENA, 1943, 60; Porto, 1943, 76; MACEDO, 1945, 4; MACEDO, 1947, 5, p.b.; Porto, 1948, 49, p.b.; MACEDO, 1952, 10; PAMPLONA, 1954, vol. II; Lisboa, 1961, XXX, p.b.; SOARES, 1971, 383; Dicionário da Pintura Universal: Pintura Portuguesa, 1973, vol. 3, 215; Miguel Ângelo Lupi: Evocação no Centenário da sua morte nas colecções do MNAC, 1983, 11, p.b.; MARÍN, 1989; Imagens da Família na Arte Portuguesa, 1994, 106, cor; LAPA, 1994, 96, cor; Caldas da Rainha, 1994, 23; As Belas-Artes do Romantismo em Portugal, 1999, 329, cor; Porto, 1999, 37; TAVARES, 2002, 19; SILVEIRA, 2002, 45 – 46; FALCÃO, 2003, 81.
Esta tela foi pintada em Roma, como prova de pensionista do Estado, e apresentada à Academia de Belas-Artes de Lisboa para candidatura a Académico de Mérito. Inspirada no Frei Luís de Sousa, de Almeida Garrett (cena XIV, 2º acto), é um exemplo de pintura de História que Lupi praticou em Itália e a que, ao longo da sua carreira, regressaria com empenho mas reduzida eficácia na concretização.
A monotonia do colorido ou a composição seguidista dos cânones académicos limita-se a ilustrar a cena. O rosto de D. João, bem com o de D. Madalena apresentam um tratamento luminoso pré-naturalista, aspecto este estranho à pintura de História e que subtilmente anuncia a sua impossibilidade numa era moderna. O panejamento assume um simplismo pouco criativo e que em muito diminui as pretensões gerais da obra. De resto, apenas o braço erguido de D. João, dentro de esquemas característicos de uma gramática neo-clássica, revela algum dramatismo pretendido no acto de apontar para o passado, as outras figuras quedam-se por um patético espanto de cariz naturalista, como é a mão na cara de boca entreaberta de D. Madalena.
Pedro Lapa
A monotonia do colorido ou a composição seguidista dos cânones académicos limita-se a ilustrar a cena. O rosto de D. João, bem com o de D. Madalena apresentam um tratamento luminoso pré-naturalista, aspecto este estranho à pintura de História e que subtilmente anuncia a sua impossibilidade numa era moderna. O panejamento assume um simplismo pouco criativo e que em muito diminui as pretensões gerais da obra. De resto, apenas o braço erguido de D. João, dentro de esquemas característicos de uma gramática neo-clássica, revela algum dramatismo pretendido no acto de apontar para o passado, as outras figuras quedam-se por um patético espanto de cariz naturalista, como é a mão na cara de boca entreaberta de D. Madalena.
Pedro Lapa