Francisco Metrass
Lisboa , 1825 – Funchal , 1861
Metrass entra para a Academia de Belas-Artes com 21 anos. Oriundo de uma família burguesa alemã dedicada ao comércio, é contra a vontade do pai que conclui o curso de pintura de História em 1843. Um ano mais tarde, parte para Roma por conta própria e estuda com dois grandes pintores alemães, os “nazarenos” Cornelius e Overbeck. Sob a inspiração religiosa dos mestres, Metrass pinta o seu primeiro quadro, Jesus acolhendo as crianças.
Considerado o pintor mais romântico da sua geração, o mais viajado dos “cinco artistas”, Metrass visita Paris antes do regresso a Lisboa e contacta com uma realidade estética “romântica” que em Roma se ignorava, o que se revelou decisivo para os temas e intenções da pintura histórica em Portugal, que pretende valorizar em exposições individuais. Expõe no Palácio dos Lumiares a S. Roque e na Sala do Risco, mas ignorado pelo público e pela crítica decide vender os quadros e abrir uma “Casa de tirar retratos” no Cais do Sodré.
Em Paris, cidade onde permanece até 1853, realiza um conjunto de pinturas significativas de temática histórica. O seu Camões na gruta de Macau, comprado por D. Fernando, é provavelmente um auto-retrato do pintor, repleto de simbolismo na evocação a Camões, no seu isolamento e solidão que a ambos atinge. Em 1854, Metrass entra na Academia como professor de pintura histórica (Juízo de Salomão). Expõe na trienal desta Instituição de 1856 Só Deus!, paradigma do Romantismo português, pelo seu dramatismo.
Catarina Duarte
Considerado o pintor mais romântico da sua geração, o mais viajado dos “cinco artistas”, Metrass visita Paris antes do regresso a Lisboa e contacta com uma realidade estética “romântica” que em Roma se ignorava, o que se revelou decisivo para os temas e intenções da pintura histórica em Portugal, que pretende valorizar em exposições individuais. Expõe no Palácio dos Lumiares a S. Roque e na Sala do Risco, mas ignorado pelo público e pela crítica decide vender os quadros e abrir uma “Casa de tirar retratos” no Cais do Sodré.
Em Paris, cidade onde permanece até 1853, realiza um conjunto de pinturas significativas de temática histórica. O seu Camões na gruta de Macau, comprado por D. Fernando, é provavelmente um auto-retrato do pintor, repleto de simbolismo na evocação a Camões, no seu isolamento e solidão que a ambos atinge. Em 1854, Metrass entra na Academia como professor de pintura histórica (Juízo de Salomão). Expõe na trienal desta Instituição de 1856 Só Deus!, paradigma do Romantismo português, pelo seu dramatismo.
Catarina Duarte