Piso 2 - Sala Dos Fornos

entrada: Condições Gerais

Sem limites

Nadir Afonso

2010-06-22
2010-10-03
Curadoria: Adelaide Ginga

Autor de uma obra singular, estruturada no contexto artístico internacional com consistente pioneirismo, Nadir Afonso apresenta-se como um dos artistas de maior relevo da arte portuguesa do século XX. No ano em que concretizará os seus 90 anos, a presente exposição retrospectiva aborda a primeira metade do percurso artístico desenvolvido entre 1930 e 1960. Um caminho de aprendizagem pessoal e de evolução empírica, conquistado em paralelo com a formação académica e a acção profissional estabelecidas na arquitectura. O desenho apresenta-se como elo forte nesta relação dual, a base matricial dos estudos e o meio de concretização no suporte.

Esta mostra dá a conhecer a surpreendente contemporaneidade da sua obra com a estética surrealista ou a arte cinética, e a ruptura conquistada pelo abstraccionismo geométrico, numa organização por núcleos temáticos sob orientação cronológica.

Pela primeira vez reúnem-se cerca de uma centena de obras, grande parte desconhecidas do público em geral, e um conjunto alargado de estudos e documentação que permitem analisar e compreender melhor o processo de criação do artista, nomeadamente a forma como diferentes períodos foram desenvolvidos em simultâneo. Ao longo do percurso expositivo é possível esclarecer também questões transversais na metodologia de Nadir, nomeadamente a repetição e inversão, de acordo com a base dialéctica de tese, síntese e antítese, momentos imprescindíveis no apuro das formas.

Um processo sustentado pela reflexão e análise teórico-filosófica, de formulação própria, não engagée, em que Nadir defende a essência geométrica da arte, as faculdades pré-conscientes ou intuitivas na ordenação das composições, e o trabalho prático como fio condutor para uma metodologia racional. Uma estética fenomenológica de cariz humanista, que pressupõe: a relação imutável das leis geométricas, leis universais que existem na Natureza indispensáveis ao alcance da harmonia, e a relação mutável das funções e necessidades que permitem o alcance da perfeição. São estes os fenómenos de acesso à “arte [que] clarifica os espíritos e dignifica o homem.”

Adelaide Ginga

Curadora



Organização e produção Museu Nacional de Arte Contemporânea - Museu do Chiado (MNAC-MC) em articulação com o Museu Nacional Soares dos Reis (MNSR).

Apoio do QREN (Quadro de Referência Estratégico Nacional)

Em Exibição

The c(AI)rcles’s Pentagon

By Gencork | Sofalca

2025-05-28
2025-06-26
Curadoria: Portugal Faz Bem
A instalação de design/arte The c(AI)rcle’s Pentagon, que explora a ligação entre inteligência artificial, design (re)generativo, arte e sustentabilidade
Exposição individual

Caminhos

Coleção Millennium bcp

2025-05-16
2025-08-24
Curadoria: Emília Ferreira, Regina Branco e Joana d’Oliva Monteiro
Esta exposição coletiva aborda, a partir do tema da paisagem, o desejo da viagem ou a necessidade íntima de criar caminhos próprios
Exposição temporária

O FARDO DO HOMEM BRANCO

João Fonte Santa

2025-04-10
2025-07-03
Curadoria: Lúcia Saldanha e Rui Afonso Santos
O Artista recorre a uma linguagem figurativa que se vale dos paradigmas oitocentistas do Naturalismo - quer da pintura como da ilustração coevas, visualmente familiares e instituídos.
Exposição individual

ALDEBARAN CAÍDA POR TERRA

2025-03-13
2025-06-22
Aldebaran Caída por Terra é uma série de pinturas moldadas, com formas irregulares e orgânicas, onde o volume e incidência da luz se insinuam na forma de ver os (quase todos) rostos, pintados a pastel de óleo.
Exposição individual

Impressões Digitais. Coleção MNAC

2024-12-12
2026-12-30
Curadoria: Ana Guimarães, Emília Ferreira, Maria de Aires Silveira e Tiago Beirão Veiga
Constituída por obras fundadoras da historiografia da arte portuguesa contemporânea, de 1850 à atualidade, a coleção do MNAC guarda vários tesouros nacionais.
Exposição Permanente

Desde 1911

2022-05-26
2026-05-26
Uma intervenção que celebra os 110 anos do MNAC.
114 anos