MNAC - Rua Capelo

entrada: Condições Gerais

A incontornável tangibilidade do livro ou o ANTI-LIVRO

2019-03-22
2019-08-04
Curadoria: Luis Alegre e Adelaide Ginga

No âmbito de um projecto exploratório do Livro enquanto Objecto, esta exposição consiste na formulação de uma experiência visual, mas também táctil do Livrobjecto, da sua materialidade, incorporalidade, portabilidade e do seu poder comunicante, esteja ele aberto, ou mesmo fechado.

Materialmente estimulante, imaterialmente ilimitado, o Livro é talvez, o objeto dos objetos; o mais vulnerável e o mais resistente; tudo pode conter e a tudo pode referir-se. Suporte, registo e espaço, imagem, estrutura e capa, são elementos convergentes, desde sempre solidários num projeto de execução, que pouco ou nada deixa ao acaso.

No âmbito de um projeto exploratório do Livro enquanto Objeto, produto e produtor de cultura - LivrObjecto – Anatomia e Arquitetura, esta exposição consiste na formulação de uma experiência visual, mas também táctil do Livrobjeto, da sua materialidade, portabilidade, performatividade e do seu poder comunicante, esteja ele aberto, ou mesmo fechado.

Os designados livros de artista pretendem explorar profundamente o médium Livro. Nesse sentido acabam por desempenhar e desenvolver uma resistência e subversão política, económica e social. Obviamente que a radicalização destas estratégias de criação de livros acaba por tornar-se limitada, obstaculizando a relação e o interesse do público não especializado, pois tendem a aproximar-se, confundindo-se, com obras de arte como a pintura ou a escultura que, não raras vezes, são obras únicas ou de duplicação reduzida e controlada. A maioria destes objetos circula por galerias e museus ou em eventos especiais, como as cada vez mais frequentes feiras de livro de artistas. São objetos de coleção adquiridos e valorizados por colecionadores particulares e instituições. A sua máxima singularidade é o seu maior valor de capitalização.

Nesta exposição as obras selecionadas contribuem ainda para uma análise dos designados “Anti-livros” — objetos antitéticos; únicos, mesmo na sua paradoxal relação de edição em múltiplos; singulares na sua estratégia técnica e formal; tangíveis na sua existência táctil e manipulável; inquietantes no seu carácter conceptual, que não raras vezes alimenta estratégias políticas, sócias, religiosas, éticas e estéticas.

Obras com espessura e carga simbólica que tornam visível materialmente o pensamento de contracorrente dos artistas, numa era em que propensão para a desmaterialização parece inexorável, sobretudo tendo em conta os designados novos media.

Artistas:

António Faria, Bráulio Amado, Dinis Santos, Francisco Vidal, Isabel Baraona, J. Fonte Santa, José Maçãs de Carvalho, Marco Balesteros e Sara Vaz com Diogo Alvim, Marco Godinho, Miguel Palma, Pedro Cabrita Reis, R2 (Artur Rebelo e Lizá Ramalho), Sara & André, Victor Pires Vieira.

 


Atividades

    2019-03-21 19h00
    Inauguração
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Em Exibição

The c(AI)rcles’s Pentagon

By Gencork | Sofalca

2025-05-28
2025-06-26
Curadoria: Portugal Faz Bem
A instalação de design/arte The c(AI)rcle’s Pentagon, que explora a ligação entre inteligência artificial, design (re)generativo, arte e sustentabilidade
Exposição individual

Caminhos

Coleção Millennium bcp

2025-05-16
2025-08-24
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Esta exposição coletiva aborda, a partir do tema da paisagem, o desejo da viagem ou a necessidade íntima de criar caminhos próprios
Exposição temporária

O FARDO DO HOMEM BRANCO

João Fonte Santa

2025-04-10
2025-07-03
Curadoria: Lúcia Saldanha e Rui Afonso Santos
O Artista recorre a uma linguagem figurativa que se vale dos paradigmas oitocentistas do Naturalismo - quer da pintura como da ilustração coevas, visualmente familiares e instituídos.
Exposição individual

ALDEBARAN CAÍDA POR TERRA

2025-03-13
2025-06-22
Aldebaran Caída por Terra é uma série de pinturas moldadas, com formas irregulares e orgânicas, onde o volume e incidência da luz se insinuam na forma de ver os (quase todos) rostos, pintados a pastel de óleo.
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Impressões Digitais. Coleção MNAC

2024-12-12
2026-12-30
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Constituída por obras fundadoras da historiografia da arte portuguesa contemporânea, de 1850 à atualidade, a coleção do MNAC guarda vários tesouros nacionais.
Exposição Permanente

Desde 1911

2022-05-26
2026-05-26
Uma intervenção que celebra os 110 anos do MNAC.
114 anos