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Audio - A incontornável tangibilidade do livro ou, o ANTI-LIVRO

2019-03-22
Os designados livros de artista pretendem explorar profundamente o médium Livro. Nesse sentido acabam por desempenhar e desenvolver uma resistência e subversão política, económica e social. Obviamente que a radicalização destas estratégias de criação de livros acaba por tornar-se limitada, obstaculizando a relação e o interesse do público não especializado, pois tendem a aproximar-se, confundindo-se, com obras de arte como a pintura ou a escultura que, não raras vezes, são obras únicas ou de duplicação reduzida e controlada. A maioria destes objetos circula por galerias e museus ou em eventos especiais, como as cada vez mais frequentes feiras de livro de artistas. São objetos de coleção adquiridos e valorizados por colecionadores particulares e instituições. A sua máxima singularidade é o seu maior valor de capitalização.
Com obras de António Faria, Bráulio Amado, Dinis Santos, Francisco Vidal, Isabel Baraona, J. Fonte Santa, José Maçãs de Carvalho, Marco Balesteros e Sara Vaz com Diogo Alvim, Marco Godinho, Miguel Palma, Pedro Cabrita Reis, R2 (Artur Rebelo e Lizá Ramalho), Sara & André, Victor Pires Vieira.
Exposição com curadoria de Luis Alegre e Adelaide Ginga no MNAC Rua Capelo a partir de 22 de Março até 2 de junho 2019.