Os designados livros de artista pretendem explorar profundamente o
médium Livro. Nesse sentido acabam por desempenhar e desenvolver uma
resistência e subversão política, económica e social. Obviamente que a
radicalização destas estratégias de criação de livros acaba por
tornar-se limitada, obstaculizando a relação e o interesse do público
não especializado, pois tendem a aproximar-se, confundindo-se, com obras
de arte como a pintura ou a escultura que, não raras vezes, são obras
únicas ou de duplicação reduzida e controlada. A maioria destes objetos
circula por galerias e museus ou em eventos especiais, como as cada vez
mais frequentes feiras de livro de artistas. São objetos de coleção
adquiridos e valorizados por colecionadores particulares e instituições.
A sua máxima singularidade é o seu maior valor de capitalização.
Com obras de António Faria, Bráulio Amado, Dinis Santos, Francisco
Vidal, Isabel Baraona, J. Fonte Santa, José Maçãs de Carvalho, Marco
Balesteros e Sara Vaz com Diogo Alvim, Marco Godinho, Miguel Palma,
Pedro Cabrita Reis, R2 (Artur Rebelo e Lizá Ramalho), Sara & André,
Victor Pires Vieira.
Exposição com curadoria de Luis Alegre e Adelaide Ginga no MNAC Rua
Capelo a partir de 22 de Março até 2 de junho 2019.