Auto-retrato
, c. 1854
João Cristino da Silva
Óleo sobre tela
50 × 40,8 cm
50 × 40,8 cm
assinado
Inv. 1225
Historial
Adquirido pelo Estado à família do artista, em 1946.
Exposições
Lisboa, 1898, 276; Lisboa, 1937, 17; Lisboa, 1947; Paris, 1987, 93, p.b.; Lisboa, 1988, 93, p.b.; Queluz, 1989, 4; Lisboa, 1994, 3, cor; Porto, 1999, 62, cor; Lisboa, 2000, 19, cor; Lisboa, 2002; Lisboa, 2005; Lisboa, 2006; Lisboa, 2010.
Bibliografia
Catalogo illustrado da Exposição extraordinaria commemorativa do 4º centenario do descobrimento do caminho maritimo da India, 1898, 276 p.b.; João Cristino da Silva e Manuel Maria Bordalo Pinheiro, 1952, capa p.b.; MACEDO, 1961, LVIII, p.b.; FRANÇA e COSTA, 1988, 144, p.b.; SILVEIRA, 1994, 4, cor; O rosto da máscara: A auto-representação na arte portuguesa, 1994, 71, cor; As Belas-Artes do Romantismo em Portugal, 1999, 233, cor; João Cristino da Silva: 1829 – 1877, 2000, 101, cor.
Adquirido pelo Estado à família do artista, em 1946.
Exposições
Lisboa, 1898, 276; Lisboa, 1937, 17; Lisboa, 1947; Paris, 1987, 93, p.b.; Lisboa, 1988, 93, p.b.; Queluz, 1989, 4; Lisboa, 1994, 3, cor; Porto, 1999, 62, cor; Lisboa, 2000, 19, cor; Lisboa, 2002; Lisboa, 2005; Lisboa, 2006; Lisboa, 2010.
Bibliografia
Catalogo illustrado da Exposição extraordinaria commemorativa do 4º centenario do descobrimento do caminho maritimo da India, 1898, 276 p.b.; João Cristino da Silva e Manuel Maria Bordalo Pinheiro, 1952, capa p.b.; MACEDO, 1961, LVIII, p.b.; FRANÇA e COSTA, 1988, 144, p.b.; SILVEIRA, 1994, 4, cor; O rosto da máscara: A auto-representação na arte portuguesa, 1994, 71, cor; As Belas-Artes do Romantismo em Portugal, 1999, 233, cor; João Cristino da Silva: 1829 – 1877, 2000, 101, cor.
Neste Auto-retrato o artista expõe uma elegância que reflecte certa altivez e acentua a sua figura galante, numa individualidade artística manifestada numa outra sua obra, Cinco Artistas em Sintra, 1855, e referenciada no catálogo do Grémio Artístico de 1898. A sua semelhança com a auto-figuração no retrato do grupo romântico sugere uma progressiva dinâmica de auto-representação, da inicial timidez narcísica à assumida desinibição, representando bem sentimentos de subjectividade e afirmação individual, característicos de uma atitude romântica.
A vivacidade do olhar identifica-o com uma personalidade nervosa e insatisfeita, de espírito exaltado e temperamento irreverente. Imobilizado em pose, destaca o rosto, avivado nas faces rosadas, em contraste com o fundo e casaco escuro, onde sobressai um colarinho branco. Visão composta de si mesmo, a sua construção e cromatismo referenciam uma outra obra romântica, Retrato do Professor King (1847) do Visconde de Menezes e eventualmente retratos de mestres renascentistas. Esta pintura de Cristino integra-se numa rara cadeia de auto-representações de pintores portugueses que, retrospectivamente, dispunha das firmes imagens de Domingos António Sequeira, e, prospectivamente, se aprofundaria na prática de Columbano Bordalo Pinheiro.
Maria Aires Silveira
A vivacidade do olhar identifica-o com uma personalidade nervosa e insatisfeita, de espírito exaltado e temperamento irreverente. Imobilizado em pose, destaca o rosto, avivado nas faces rosadas, em contraste com o fundo e casaco escuro, onde sobressai um colarinho branco. Visão composta de si mesmo, a sua construção e cromatismo referenciam uma outra obra romântica, Retrato do Professor King (1847) do Visconde de Menezes e eventualmente retratos de mestres renascentistas. Esta pintura de Cristino integra-se numa rara cadeia de auto-representações de pintores portugueses que, retrospectivamente, dispunha das firmes imagens de Domingos António Sequeira, e, prospectivamente, se aprofundaria na prática de Columbano Bordalo Pinheiro.
Maria Aires Silveira