Cinco artistas em Sintra
, 1855
João Cristino da Silva
Óleo sobre tela.
86,3 × 128,8 cm
86,3 × 128,8 cm
assinado e datado
Inv. 23
Historial
Pertenceu às colecções do rei D. Fernando II (1816 – 1885). Adquirido pelo Estado, através do Legado Valmor, a Madalena Adelaide Namura para a Academia Real de Belas-Artes em 1908 – 1909. Integrado no MNAC em 1911.
Exposições
Paris, 1855, 1676; Lisboa, 1856; Lisboa, 1913, 23; Lisboa, 1947; Lisboa, 1950; Lisboa 1950, 2, p.b.; Lisboa, 1979, 21, p.b.; Lisboa, 1981; Lisboa, 1986; Paris, 1987, 94, cor e p.b.; Lisboa, 1988, 94, cor e p.b.; Queluz, 1989, 2; Porto, 1999, 61, cor; Lisboa, 2000, 22, cor; Almada, 2001, 7, cor; Lisboa, 2002; Lisboa, 2005; Lisboa, 2008; Lisboa, 2010.
Bibliografia
Documentos oficiais (…), 1854, 212; Jornal de Belas-Artes, Lisboa, 1857, Maio, nº 5, 6 e 7; SOUSA, Joaquim Pedro, 1859, 267; Visita à Exposição Internacional do Porto. Lisboa, 1866, 36; O Occidente, 1887, 116; AÇA, 1887, 115, 127; ARTHUR, 1903, 41; PARIS, 1926, 846; Portugal: A arte, os monumentos (…), s.d. (c. 1936), fig. 4; BRAGANÇA, s.d. (c. 1936), 9; LUCENA, 1943, 67; Porto, 1943, 54, p.b.; MACEDO, 1950, 7, p.b.; MACEDO, 1952, 12 – 13, p.b.; PAMPLONA, 1954, vol. I, 1987, vol. II, cor; Lisboa, 1961, est. LIX, cor; Um século de pintura e escultura portuguesas, 1965, fig. 8, p.b.; FRANÇA, 1967, vol. I, 267, p.b.; SOARES, 1971, 75; Dicionário da Pintura Universal: Pintura Portuguesa, 1973, vol. 3, 102, cor; A Criança nas colecções do Museu. Lisboa, 1979, 31, p.b.; FRANÇA, 1981, est. 65 p.b.; ANACLETO, 1986, vol. 10, 153, cor; COSTA, 1987, nº 74, 8 p.b.; Le XIXe siècle au Portugal, 1988, fig. 20, p.b.; FRANÇA, 1988, 28; FRANÇA e COSTA, 1988, 129, cor; COSTA; FRANÇA, 1993, 320 – 21, p.b.; SILVEIRA, 1994, 5, cor; João Cristino da Silva, 1995, 331, cor; 1996, vol. 8, 163; PESSANHA, 1998, 52 – 53; Porto, 1998, 43; SANTOS, 1998, 85, cor; SILVEIRA, 1998, 228; Porto, 1999, 34; PEREIRA, 1999, 312, cor; As Belas-Artes do Romantismo em Portugal, 1999, 231, cor; FRANCO, 2000, 7 de Maio; João Cristino da Silva: 1829 – 1877, 2000, 105, cor; Lisboa, 2000, 78; Arte Ibérica, 2000, nº 35, 43, cor; PINHARANDA, João. Lisboa, 2000, 7 Maio; PORFÍRIO, 2000, p.b.; FRANÇA, 2001, 467; Natura Artis Magistra: A natureza mestra das artes, 2001, 103, cor; FERREIRA, 2001, 88; FALCÃO, 2003, 72; CHRISTINO, s.d., vol. IV, 125, p.b.; BARREIRA, s.d., 357.
Pertenceu às colecções do rei D. Fernando II (1816 – 1885). Adquirido pelo Estado, através do Legado Valmor, a Madalena Adelaide Namura para a Academia Real de Belas-Artes em 1908 – 1909. Integrado no MNAC em 1911.
Exposições
Paris, 1855, 1676; Lisboa, 1856; Lisboa, 1913, 23; Lisboa, 1947; Lisboa, 1950; Lisboa 1950, 2, p.b.; Lisboa, 1979, 21, p.b.; Lisboa, 1981; Lisboa, 1986; Paris, 1987, 94, cor e p.b.; Lisboa, 1988, 94, cor e p.b.; Queluz, 1989, 2; Porto, 1999, 61, cor; Lisboa, 2000, 22, cor; Almada, 2001, 7, cor; Lisboa, 2002; Lisboa, 2005; Lisboa, 2008; Lisboa, 2010.
Bibliografia
Documentos oficiais (…), 1854, 212; Jornal de Belas-Artes, Lisboa, 1857, Maio, nº 5, 6 e 7; SOUSA, Joaquim Pedro, 1859, 267; Visita à Exposição Internacional do Porto. Lisboa, 1866, 36; O Occidente, 1887, 116; AÇA, 1887, 115, 127; ARTHUR, 1903, 41; PARIS, 1926, 846; Portugal: A arte, os monumentos (…), s.d. (c. 1936), fig. 4; BRAGANÇA, s.d. (c. 1936), 9; LUCENA, 1943, 67; Porto, 1943, 54, p.b.; MACEDO, 1950, 7, p.b.; MACEDO, 1952, 12 – 13, p.b.; PAMPLONA, 1954, vol. I, 1987, vol. II, cor; Lisboa, 1961, est. LIX, cor; Um século de pintura e escultura portuguesas, 1965, fig. 8, p.b.; FRANÇA, 1967, vol. I, 267, p.b.; SOARES, 1971, 75; Dicionário da Pintura Universal: Pintura Portuguesa, 1973, vol. 3, 102, cor; A Criança nas colecções do Museu. Lisboa, 1979, 31, p.b.; FRANÇA, 1981, est. 65 p.b.; ANACLETO, 1986, vol. 10, 153, cor; COSTA, 1987, nº 74, 8 p.b.; Le XIXe siècle au Portugal, 1988, fig. 20, p.b.; FRANÇA, 1988, 28; FRANÇA e COSTA, 1988, 129, cor; COSTA; FRANÇA, 1993, 320 – 21, p.b.; SILVEIRA, 1994, 5, cor; João Cristino da Silva, 1995, 331, cor; 1996, vol. 8, 163; PESSANHA, 1998, 52 – 53; Porto, 1998, 43; SANTOS, 1998, 85, cor; SILVEIRA, 1998, 228; Porto, 1999, 34; PEREIRA, 1999, 312, cor; As Belas-Artes do Romantismo em Portugal, 1999, 231, cor; FRANCO, 2000, 7 de Maio; João Cristino da Silva: 1829 – 1877, 2000, 105, cor; Lisboa, 2000, 78; Arte Ibérica, 2000, nº 35, 43, cor; PINHARANDA, João. Lisboa, 2000, 7 Maio; PORFÍRIO, 2000, p.b.; FRANÇA, 2001, 467; Natura Artis Magistra: A natureza mestra das artes, 2001, 103, cor; FERREIRA, 2001, 88; FALCÃO, 2003, 72; CHRISTINO, s.d., vol. IV, 125, p.b.; BARREIRA, s.d., 357.
Este é o primeiro retrato colectivo de artistas na pintura portuguesa, na romântica Sintra. Cristino, auto-representado, revela as linhas principais exploradas pelo grupo dos cinco artistas (Tomás da Anunciação, Francisco Metrass, Vítor Bastos e José Rodrigues) que desenvolvem o retrato, a pintura de paisagem e o natural e a pintura de costumes.
Os cinco artistas, à excepção do escultor Vítor Bastos, observam e registam “o natural” em pequenos apontamentos, manifestando a sua atitude artística de captação da natureza e divulgação das tradições locais, embora posteriormente retocada em atelier. Cria-se um envolvente diálogo entre a arte, onde se destaca Anunciação ao centro, em jeito de homenagem, e os usos e hábitos populares, na descrição pormenorizada dos seus trajes,
mas também se avista, num horizonte longínquo, uma paisagem, através de um “óculo” criado pela junção dos dois rochedos, muito ao gosto romântico.
Exibido na Exposição Universal de Paris, em 1855, Cristino obteve grande sucesso com este quadro, no início da sua carreira, facto que desempenhou um importante papel na sua afirmação social e artística, projectando-o como herói romântico nacional. Ao fundo, e entre brumas, o Palácio da Pena, edificado por D. Fernando, também ele um espírito romântico, surge como pontuação desta pintura, cenograficamente tratada e símbolo de uma natureza artisticamente apropriada.
Maria Aires Silveira
Os cinco artistas, à excepção do escultor Vítor Bastos, observam e registam “o natural” em pequenos apontamentos, manifestando a sua atitude artística de captação da natureza e divulgação das tradições locais, embora posteriormente retocada em atelier. Cria-se um envolvente diálogo entre a arte, onde se destaca Anunciação ao centro, em jeito de homenagem, e os usos e hábitos populares, na descrição pormenorizada dos seus trajes,
mas também se avista, num horizonte longínquo, uma paisagem, através de um “óculo” criado pela junção dos dois rochedos, muito ao gosto romântico.
Exibido na Exposição Universal de Paris, em 1855, Cristino obteve grande sucesso com este quadro, no início da sua carreira, facto que desempenhou um importante papel na sua afirmação social e artística, projectando-o como herói romântico nacional. Ao fundo, e entre brumas, o Palácio da Pena, edificado por D. Fernando, também ele um espírito romântico, surge como pontuação desta pintura, cenograficamente tratada e símbolo de uma natureza artisticamente apropriada.
Maria Aires Silveira