Bailarina
, c. 1948
José de Almada Negreiros
Guache e grafite sobre papel
53 × 37 cm
53 × 37 cm
Inv.
Historial
Depósito dos Herdeiros de Almada Negreiros no MNAC– Museu do Chiado, em 1995.
Exposições
Salamanca, 2007, 103, cor; Madrid, 2007,103, cor; Badajoz, 2007-2008, 103, cor.
Bibliografia
ÁVILA, 2007, 103, cor.
Depósito dos Herdeiros de Almada Negreiros no MNAC– Museu do Chiado, em 1995.
Exposições
Salamanca, 2007, 103, cor; Madrid, 2007,103, cor; Badajoz, 2007-2008, 103, cor.
Bibliografia
ÁVILA, 2007, 103, cor.
O mundo do circo e do espectáculo, com as suas personagens em movimento, acrobatas ou bailarinas, constituíram um assunto preferencial da pintura moderna, e a ele foi também sensível Almada Negreiros, que o adoptaria como campo de experimentação para as suas pesquisas em torno da geometria e da abstracção. Essencialmente desenhador, pese a importância que adquire a oposição cromática entre as duas não-cores, preto e branco – que articulará anos depois parte das investigações abstractas do artista –, continua a ser o desenho o protagonista da composição, nele recaindo todo o peso estrutural. Uma linha firme, que flui com habilidade, gera na sua continuidade e nos seus cruzamentos uma poderosa conformação anatómica, isenta de qualquer preocupação volumétrica. A sua preocupação é outra neste momento e baseia-se na redução geométrica a que submete as formas e a sua distribuição no plano do suporte, nessa elementaridade abstractizada que comanda o desenvolvimento linear e torna-se garantia do equilíbrio procurado. Quase uma revisitação moderna de um exercício da idade clássica sobre o cânone de formas estilizadas em movimento que, na sua configuração geométrica, se adaptam ao plano do suporte negro, distribuindo equilibradamente o peso dos brancos.
Maria Jesús Ávila
Maria Jesús Ávila