Sem título
, 1947
Jorge Vieira
Colagem sobre ilustração
33,2 × 25,4 cm
33,2 × 25,4 cm
Inv. 2460
Historial
Doado por Noémia Cruz em 2000.
Exposições
Badajoz, 2001, 179, cor; Lisboa, 2001, 179, cor; Vila Nova de Famalicão, 2001, 179, cor; Madrid, 2002; Castelo Branco, 2002, 64, cor.
Bibliografia
Surrealismo em Portugal 1934-1952, 2001, 175, 179, 185, cor; SANTOS, Da Escultura à Colagem (…), 2002, 35, 64, cor.
Doado por Noémia Cruz em 2000.
Exposições
Badajoz, 2001, 179, cor; Lisboa, 2001, 179, cor; Vila Nova de Famalicão, 2001, 179, cor; Madrid, 2002; Castelo Branco, 2002, 64, cor.
Bibliografia
Surrealismo em Portugal 1934-1952, 2001, 175, 179, 185, cor; SANTOS, Da Escultura à Colagem (…), 2002, 35, 64, cor.
Neste conjunto de colagens a operação de montagem é simples, sem que os
elementos acrescentados nem a imagem de base sejam submetidos a
manipulação. É precisamente esta integridade do real que fará destas
colagens o lugar do insólito por excelência. Do encontro inesperado
entre realidades diversas e opostas, arrancadas do seu universo e
posteriormente recontextualizadas, surge o efeito de dépaysement: de uma
realidade familiar e simultaneamente estranha, que se revela com um
mínimo de ordenação, apesar da irracionalidade patenteada, mas capaz de
adquirir o estatuto de narrativa. A natureza documental do material
fotográfico, que serve de base, proporciona um referente real e
quotidiano, salvaguardado pelo minucioso trabalho de integração de
outros fragmentos documentais, mas diversos relativamente aos primeiros.
Nesta aproximação questionam o real e as aparências, promovendo uma
desconexão de uma realidade estabilizada para revelar a alteridade da
lógica que preside à actividade onírica, aos seus deslocamentos e
condensações, que Freud descreveu na interpretação dos sonhos e tanto
influenciou estas práticas surrealistas da colagem.
Pedro Lapa
elementos acrescentados nem a imagem de base sejam submetidos a
manipulação. É precisamente esta integridade do real que fará destas
colagens o lugar do insólito por excelência. Do encontro inesperado
entre realidades diversas e opostas, arrancadas do seu universo e
posteriormente recontextualizadas, surge o efeito de dépaysement: de uma
realidade familiar e simultaneamente estranha, que se revela com um
mínimo de ordenação, apesar da irracionalidade patenteada, mas capaz de
adquirir o estatuto de narrativa. A natureza documental do material
fotográfico, que serve de base, proporciona um referente real e
quotidiano, salvaguardado pelo minucioso trabalho de integração de
outros fragmentos documentais, mas diversos relativamente aos primeiros.
Nesta aproximação questionam o real e as aparências, promovendo uma
desconexão de uma realidade estabilizada para revelar a alteridade da
lógica que preside à actividade onírica, aos seus deslocamentos e
condensações, que Freud descreveu na interpretação dos sonhos e tanto
influenciou estas práticas surrealistas da colagem.
Pedro Lapa