Marcelino Vespeira
Alcochete , 1925 – Lisboa , 2002
Entre 1937 e 1942 estudou na Escola de Artes Decorativas António Arroio, ano em que se matricula no curso de Arquitectura da Escola de Belas-Artes, que abandonará no primeiro ano. Dedica-se às artes gráficas e à decoração, trabalhando para o ETP (Estúdio Técnico de Publicidade). Nestes anos participa nas reuniões do Café Hermínius, e frequenta as tertúlias da cidade, organizando com outros colegas da Escola António Arroio uma exposição, em 1943, num quarto alugado para este efeito. As inquietações políticas e as esperanças levantadas pelo resultado da Segunda Guerra Mundial levam-no a intervir politicamente, através da produção plástica com trabalhos enquadrados dentro do Neo-Realismo, recebendo as influências de Portinari e dos muralistas mexicanos.
Em 1945, colaborou na página Arte do jornal portuense A Tarde, dirigida por Júlio Pomar, e nos dois anos seguintes nas Exposições Gerais de Artes Plásticas. Em 1947 afasta-se do Neo-Realismo, movimento de que foi uma das principais figuras, junto de Pomar, e aproxima-se do Surrealismo, sendo um dos fundadores do Grupo Surrealista de Lisboa. A partir de 1952 abandona a produção surrealista, para se entregar à Abstracção, que começava a dominar o panorama artístico. Continuou o desenho de cartazes, logótipos e montras iniciado no etp, destacando-se o seu trabalho para as capas de livros da editora Ulisseia (1957–1960), e o seu papel como director gráfico da revista Colóquio (1962–1966). Teve um papel destacado nas acções que seguiram ao 25 de Abril, integrando a Comissão Central de Dinamização Cultural e Acção Cívica do MFA.
Maria Jesús Ávila
Em 1945, colaborou na página Arte do jornal portuense A Tarde, dirigida por Júlio Pomar, e nos dois anos seguintes nas Exposições Gerais de Artes Plásticas. Em 1947 afasta-se do Neo-Realismo, movimento de que foi uma das principais figuras, junto de Pomar, e aproxima-se do Surrealismo, sendo um dos fundadores do Grupo Surrealista de Lisboa. A partir de 1952 abandona a produção surrealista, para se entregar à Abstracção, que começava a dominar o panorama artístico. Continuou o desenho de cartazes, logótipos e montras iniciado no etp, destacando-se o seu trabalho para as capas de livros da editora Ulisseia (1957–1960), e o seu papel como director gráfico da revista Colóquio (1962–1966). Teve um papel destacado nas acções que seguiram ao 25 de Abril, integrando a Comissão Central de Dinamização Cultural e Acção Cívica do MFA.
Maria Jesús Ávila