Carne vegetal

, 1948

Marcelino Vespeira

Óleo sobre platex

67 × 53,5 cm
assinado e datado
Inv. 2357
Historial
Adquirido pelo Estado em 1996.

Exposições
Lisboa, 1949, 54; Lisboa, 1952, 1; Lisboa, 1982; Castelo Branco, 2000, 11, cor; Lisboa, 2000, 11, cor; Vila Nova de Famalicão, 2001; Badajoz, 2001, 60, cor; Lisboa, 2001, 60, cor; Castelo Branco, 2002, 77, cor; Madrid, 2002, 60, cor; Tomar, 2002, 1; Lisboa, 2008; Lisboa, 2009.

Bibliografia
Catálogo da Exposição Surrealista, 1949, 54; Azevedo, Lemos, Vespeira: 3 Exposições, 1952, 1; FRANÇA, 1969, 23, p.b.; FRANÇA, 1973, 19; FRANÇA, 1974, 384, p.b.; AZEVEDO, 1982, 104, p.b.; FRANÇA, 1982, 41, p.b.; GONÇALVES, 1999, 168-169; SANTOS, 2000, 11, cor; ÁVILA, 2001, 60, cor; SANTOS, Figuração e Abstracção (…), 2002, 77, cor



Marcelino Vespeira valeu-se da Metamorfose para estabelecer tensões inquietantes entre o feminino como corpo materno e o masculino fecundador. Em Carne Vegetal, o corpo feminino como figura acéfala, agora coroada por chifres, é transfigurado por presenças masculinas. A representação figurativa alia-se a um automatismo controlado de grattage e incisões que sublinha a dimensão agressiva da imagem, que denuncia o corno que trespassa e o seio ferido, e se espalham nas linhas angulosas que do outro seio emanam.

Maria Jesús Ávila