Henrique Risques Pereira
Lisboa , 1930 – Lisboa , 2003
Engenheiro civil, poeta e desenhador ligado ao Movimento Surrealista em Portugal. Contacta com o grupo Os Surrealistas em 1939, por intermédio de Pedro Oom. Integra as duas exposições do grupo em 1949 e 1950 e participa nas sessões surrealistas promovidas no Jardim Universitário das Belas-Artes (JUBA). Cultivou uma especial relação de colaboração e amizade com António Maria Lisboa, da qual resultariam alguns manifestos e textos poéticos conjuntos. Entre 1949 e 1952 executa um conjunto de desenhos em que explora um universo figurativo onírico e delirante, marcado por linhas fluidas, pelas formas geométricas de cristais e por manchas, em jogos de ocultação que reflectem a exploração de uma (i)materialidade pictórica dos materiais e dos suportes.
Após a morte de António Maria Lisboa, em 1953, abandona a actividade artística, dedicando-se ao exercício da engenharia civil. Contudo, a sua obra foi revisitada diversas vezes em exposições colectivas dedicadas ao Surrealismo português. Em 2003, mais de 50 anos depois de se retirar, expôs individualmente pela primeira vez, dando a conhecer ao público 84 desenhos inéditos. Faleceu pouco tempo após a inauguração, à qual não chegou a assistir. Nesse ano foi editada postumamente uma colectânea da sua obra poética, Transparências do Tempo.
Joana Baião
Após a morte de António Maria Lisboa, em 1953, abandona a actividade artística, dedicando-se ao exercício da engenharia civil. Contudo, a sua obra foi revisitada diversas vezes em exposições colectivas dedicadas ao Surrealismo português. Em 2003, mais de 50 anos depois de se retirar, expôs individualmente pela primeira vez, dando a conhecer ao público 84 desenhos inéditos. Faleceu pouco tempo após a inauguração, à qual não chegou a assistir. Nesse ano foi editada postumamente uma colectânea da sua obra poética, Transparências do Tempo.
Joana Baião