O lago de Enghien
, 1879
António Carvalho da Silva Porto
Óleo sobre tela
69 × 100 cm
69 × 100 cm
assinado e datado
Inv. 3
Historial
Prova final do pensionato de Silva Porto em França. Enviado à Academia de Lisboa em Março de 1879. Oferecido pelo autor a Delfim Guedes, Conde de Almedina, Vice-Inspector da Academia Real de Belas-Artes de Lisboa. Adquirido pelo Legado Valmor no leilão do Conde de Almedina em 1909. Integrado no MNAC em 1911.
Exposições
Lisboa, 1880, 113; Madrid, 1881, 99; Lisboa, 1894, 24; Lisboa, 1913, 3; Luanda, 1948, 24; Lisboa, 1950, 1; Porto, 1993, 30, cor; Lisboa, 1994, 27, cor; Almada, 2001, 23, cor; Lisboa, 2002; Lisboa, 2005.
Bibliografia
PARIS, 1926, 847; BRAGANÇA, c. 1936, 10; PAMPLONA, 1943, 90; MACEDO, 1950, 3, p.b.; ALDEMIRA, 1954, est. VII, p.b.; PAMPLONA, 1973, vol. IV; SILVA, 1993, 139, cor; FERREIRA, 2001, 89.
Prova final do pensionato de Silva Porto em França. Enviado à Academia de Lisboa em Março de 1879. Oferecido pelo autor a Delfim Guedes, Conde de Almedina, Vice-Inspector da Academia Real de Belas-Artes de Lisboa. Adquirido pelo Legado Valmor no leilão do Conde de Almedina em 1909. Integrado no MNAC em 1911.
Exposições
Lisboa, 1880, 113; Madrid, 1881, 99; Lisboa, 1894, 24; Lisboa, 1913, 3; Luanda, 1948, 24; Lisboa, 1950, 1; Porto, 1993, 30, cor; Lisboa, 1994, 27, cor; Almada, 2001, 23, cor; Lisboa, 2002; Lisboa, 2005.
Bibliografia
PARIS, 1926, 847; BRAGANÇA, c. 1936, 10; PAMPLONA, 1943, 90; MACEDO, 1950, 3, p.b.; ALDEMIRA, 1954, est. VII, p.b.; PAMPLONA, 1973, vol. IV; SILVA, 1993, 139, cor; FERREIRA, 2001, 89.
O Lago de Enghien foi oferecido por Silva Porto a Delfim Guedes, então Vice-Inspector da Academia de Belas-Artes e futuro conde de Almedina, por quem o autor foi sempre defendido. Realizado no período final do pensionato do artista em França, a influência de Daubigny é plena. Até o barco do segundo plano evoca a memória do barco-atelier do mestre. O contraste entre o céu claro e a penumbrosa mancha terrestre, que se ilumina com o reflexo das águas e onde o arvoredo se espelha, exprime uma poética do natural radicalmente nova na pintura portuguesa. A paisagem é entendida fora dos seus clássicos e “artificiais” conceitos de composição, para revelar a captação do espontâneo e fugaz, feito símbolo nas aves que pontuam a suspensão do instante, no primeiro plano. A pintura passa a ser entendida como a fixação dos muitos instantes de um percurso, e o instante a temporalidade própria do natural se fazer visível.
Pedro Lapa
Pedro Lapa