Praia Grande
, 1880
Alfredo Keil
Óleo sobre tela
49,5 × 73 cm
49,5 × 73 cm
assinado e datado
Inv. 10
Historial
Adquirido pelo Estado, através do Legado Valmor, a Cleyde Cinati Keil, viúva do artista, em 1909. Integrado no MNAC em 1911.
Exposições
Lisboa, 1890; Lisboa, 1913, 10; Lisboa, 1946; Luanda, Lourenço Marques, 1948, 21; Lisboa, 1950, 9; Lisboa, 2001, 136, cor; Lisboa, 2005; Caldas da Rainha, 2005, 281; Lisboa, 2010.
Bibliografia
BRAGANÇA, Lisboa, s.d. (c. 1936), 9; MACEDO, 1950, 7, p.b.; PAMPLONA, 1954, vol. II; Portuguese 20th century artists: a biographical dictionary, 1978, pl. 96, p.b.; SILVEIRA, 1994, 22, cor; RODRIGUES, 2001, 142, cor.
Adquirido pelo Estado, através do Legado Valmor, a Cleyde Cinati Keil, viúva do artista, em 1909. Integrado no MNAC em 1911.
Exposições
Lisboa, 1890; Lisboa, 1913, 10; Lisboa, 1946; Luanda, Lourenço Marques, 1948, 21; Lisboa, 1950, 9; Lisboa, 2001, 136, cor; Lisboa, 2005; Caldas da Rainha, 2005, 281; Lisboa, 2010.
Bibliografia
BRAGANÇA, Lisboa, s.d. (c. 1936), 9; MACEDO, 1950, 7, p.b.; PAMPLONA, 1954, vol. II; Portuguese 20th century artists: a biographical dictionary, 1978, pl. 96, p.b.; SILVEIRA, 1994, 22, cor; RODRIGUES, 2001, 142, cor.
Espírito isolado e viajado, Keil expressa-se através de um sentimentalismo melancólico que o relaciona com um romantismo tardio, de finais de século. Esta marinha, tema pouco abordado na pintura portuguesa de então, apresenta-se em castanhos abertos e com uma luminosidade de tonalidades escuras que se abate sobre a praia e o mar. Uma figura de costas contempla-a, reflectindo o espírito meditativo do artista. O jogo de luz/sombra, entendido em tons suaves, exprime a sensação de recolhimento numa zona que elegeu como morada, o Vale de Colares, ligando-a a um sentimentalismo que aponta para um novo modo de observação da natureza. É da interiorizada relação isolamento/cosmopolitismo que Keil consegue extrair todo o seu potencial para melhor explorar essa espiritualidade, inerente à interpenetração do claro/escuro. O “santuário” da natureza, aqui presente, conduz a um acrisolamento simbólico, raro na pintura portuguesa.
Maria Aires Silveira
Maria Aires Silveira