Sem título

, 1969

Helena Almeida

Acrílico sobre tela, madeira pintada e fios de plástico
Inv. 2605
Historial
Adquirido pelo Estado em 2001.

Exposições
Lisboa, 1970; Lisboa, 2002; Castelo Branco, 2003, 99, cor; Lisboa, 2012.

Bibliografia
Helena Almeida, 1983, s.p., p.b.; ÁVILA, 2003, 99, cor.
Esta obra pertence a um conjunto em que a artista antropomorfiza os quadros, transformando-os em objectos metafóricos ou literalizando géneros pictóricos. O trabalho foi recusado na Sociedade Nacional de Belas Artes, quiçá pela dificuldade de ser aceite por ter sido apresentada como uma pintura, uma vez que a artista não pretendia destruir a pintura mas sim desconstruí-la e repensá-la a partir dos seus elementos estruturais e materiais. Convertida em quadro tridimensional, do quadro-pintura só resta a moldura como impossível contentor de uma tela preparada que adquire corporeidade tubular e transborda os seus limites estendendo-se até ao chão, onde se derramam as também objectuais tintas primárias, a matéria primeira da pintura.

Maria Jesús Ávila