Pintura Habitada

, 1974

Helena Almeida

6 provas fotográficas a p/b em gelatina sal de prata e pintura a acrílico

38,5 × 48,5 cm ( × 3); 48,5 × 58,5 ( × 1); 32 × 58,5 cm ( × 2)
assinado e datado
Inv. 2597
Historial
Adquirido pelo Estado à artista em 2001.

Exposições
Lisboa, 1975, 33 e 174, p.b.; Queluz, 1989; Lisboa, 2001, s.n., p.b.; Lisboa, 2002; Castelo Branco, 2003, 113, cor; Lisboa, 2006; Lisboa, 2008; Lisboa 2008; Lisboa, 2012.

Bibliografia
Figuracção-Hoje?, 1975, 33 e 174, p.b.; SOUSA, 1977, 12, p.b.; ROSA, 1988, 16; CARLOS, 1998, 12, p.b.; CARLOS (et. al.), 1988, 12, p.b.; MARIMÓN (coord.), 2000, 14, p.b.; LAPA, Pedro, 2001, s.n., p.b.; ÁVILA, 2003,113, cor; FARIA, 2003, 36 p.b.; Novas aquisições e doações…, 2001, s.n.º, p.b.
A tela, suporte e corpo da pintura, que antes se volumetrizara, envolve agora o corpo da artista transformando-se assim em corpo da obra. Trabalho que convoca diferentes media onde se contaminam códigos fotográficos, pictóricos, cinematográficos e até performativos. O próprio corpo entra no espaço da obra, habita-o, numa autorrepresentacção sem pretensões de retrato. Segue o fio dos respetivos gestos, fragmentos de movimento com os que materializa a pintura, pinta a pintura, num continuum cinematográfico em que a sequencialidade narrativa baseia-se no princípio da contiguidade. Mas contrapõe uma dupla acção, pintar em frente ao cavalete vazio e a representar a progressão dessa acção, convertendo-se o espaço físico entre a artista e o espectador no suporte da obra.

Maria Jesús Ávila