Pintura

, 1951

Fernando Lemos

Óleo sobre cartão prensado

70 × 47,8 cm
assinado e datado
Inv. 2377
Historial
Doação José-Augusto França, 1999.

Exposições
Lisboa, 1952; Lisboa, 1952, 13; Lisboa, 1982, p.b.; Lisboa, 1997, 41, cor; Santa Maria da Feira, 1998; Lisboa, 2001, 165, cor; Vila Nova de Famalicão, 2001, 165, cor; Badajoz, 2001, 165, cor; Madrid, 2002, 165, cor; Lisboa, 2009.

Bibliografia
AZEVEDO, 1982, 66, cor; FRANÇA, 1982, 42, p.b.; Colecção José-Augusto França, 1997, 58, cor; ÁVILA, 2001, 207, cor.
Arredada de valores espaciais, esta obra orienta-se para um labor de construção e destruição de formas, ora de teor orgânico, ora de leituras angulosas, em que a força do gesto e a materialidade, transformada em valor sensual, deixam visível o processo de gestação que parece interrompido, suspenso a meio caminho. À descoberta das formas subjaz o automatismo, e que dirige o persistente trabalho de adição, ocultação, criação de reservas e de reforço de linhas ou áreas cromáticas. Mas serão, sobretudo, a violência e a áspera sensualidade das pinceladas, o geometrismo anguloso das formas, as interrupções bruscas e as abruptas sobreposições os caracteres a conferir singularidade ao seu trabalho, relativamente às pesquisas que no campo do Surrealismo Abstracto se desenvolviam em Portugal.

Maria Jesús Ávila