Intimidade dos Armazéns do Chiado
, 1952
Fernando Lemos
Prova fotográfica em gelatina sal de prata
45 × 45 cm
45 × 45 cm
assinado
Inv. 2391
Historial
Doação Marcelino Vespeira em 2000.
Exposições
Lisboa, 2001; Castelo Branco, 2002; Lisboa, 2008; Lisboa, 2009.
Bibliografia
Novas Aquisições e Doações, 2001, p.b.; ÁVILA, 2001, 83, p.b., 141, p.b.; SANTOS, 82, p.b., 83, p.b., 84, p.b., 85, p.b.
Doação Marcelino Vespeira em 2000.
Exposições
Lisboa, 2001; Castelo Branco, 2002; Lisboa, 2008; Lisboa, 2009.
Bibliografia
Novas Aquisições e Doações, 2001, p.b.; ÁVILA, 2001, 83, p.b., 141, p.b.; SANTOS, 82, p.b., 83, p.b., 84, p.b., 85, p.b.
A exposição surrealista de Fernando Lemos, Marcelino Vespeira e Fernando Azevedo na Casa Jalco em 1952, em pleno coração do Chiado, foi emblemática enquanto evento que agitou a opinião pública e o simbolismo cultural do próprio lugar. A fotografia Intimidade dos Armazéns do Chiado, que foi capa do catálogo da exposição, tornou-se assim a tradução simbólica da estética e do espírito inconformado do Movimento Surrealista e dos seus protagonistas. O próprio artista definia a relação da imagem com a cultura crítica e moral que a despoletava: «O meu manequim, meio corpo decapitado (na recusa da carapuça) resgatado das oficinas dos Grandes Armazéns do Chiado, foi esfarrapado por mãos tintadas com ampliação digital (…) Retrato falado e gestual, ele quis dar o alerta da sensualidade maliciosa e juvenil do apalpão tipicamente urbano e lisboeta.» Esta composição fotográfica, montagem de alusões, símbolos e metáforas é, no seu propósito e destino, o exemplo de maior acutilância do programa surrealista de agitação da cultura urbana burguesa do seu tempo.
Emília Tavares
Emília Tavares