Baía de Cascais
, 1885
D. Carlos de Bragança
Aguarela sobre papel
13,2 × 34,3 cm
13,2 × 34,3 cm
datado
Inv. 1615 (137)
Historial
Pertenceu à colecção particular da Duquesa de Bragança, depois, Rainha D. Amélia. Depois da sua morte, transitou para a colecção do Conde de Paris, que a doou ao Estado português através da Fazenda Pública, em 1955.
Exposições
Lisboa, 1958, 28; Oeiras, 1998, cor.
Bibliografia
100 anos do Aquário Vasco da Gama: Homenagem a D. Carlos de Bragança
e D. Vasco da Gama, 1998, capa, cor.
Pertenceu à colecção particular da Duquesa de Bragança, depois, Rainha D. Amélia. Depois da sua morte, transitou para a colecção do Conde de Paris, que a doou ao Estado português através da Fazenda Pública, em 1955.
Exposições
Lisboa, 1958, 28; Oeiras, 1998, cor.
Bibliografia
100 anos do Aquário Vasco da Gama: Homenagem a D. Carlos de Bragança
e D. Vasco da Gama, 1998, capa, cor.
Estas panorâmicas de Cascais integram álbuns, encadernados e de grandes dimensões, com apontamentos e registos dos passeios reais, reflectindo uma curiosa sensibilidade
pictórica e grande qualidade técnica, que por vezes associa a aguarela e a tinta-da-china, em páginas criativas de dinâmicas manchas estilísticas. Fialho de Almeida afirmava que o rei se esforçava “por pintar em português”, representando mares próximos da capital,
e especialmente na zona de Cascais, onde a família real estanciava. Afastado de mundanidades mas também do governo do país, numa monarquia polémica e contestada, desenvolvia o seu interesse pelos temas marítimos, pouco habituais na pintura portuguesa. O seu sensitivo tratamento da luz, em captações vigorosas de mar ou, neste caso, o registo da tranquilidade serena das águas da baía, que se estende por um casario ordenado e suaves colinas ou arribas, referenciam obras que ultrapassam o apontamento e assumem uma talentosa dimensão artística, habilmente desenvolvida na sua produção de marinhas.
Maria Aires Silveira
pictórica e grande qualidade técnica, que por vezes associa a aguarela e a tinta-da-china, em páginas criativas de dinâmicas manchas estilísticas. Fialho de Almeida afirmava que o rei se esforçava “por pintar em português”, representando mares próximos da capital,
e especialmente na zona de Cascais, onde a família real estanciava. Afastado de mundanidades mas também do governo do país, numa monarquia polémica e contestada, desenvolvia o seu interesse pelos temas marítimos, pouco habituais na pintura portuguesa. O seu sensitivo tratamento da luz, em captações vigorosas de mar ou, neste caso, o registo da tranquilidade serena das águas da baía, que se estende por um casario ordenado e suaves colinas ou arribas, referenciam obras que ultrapassam o apontamento e assumem uma talentosa dimensão artística, habilmente desenvolvida na sua produção de marinhas.
Maria Aires Silveira