Helena Almeida
Lisboa , 1934 – Sintra , 2018
Filha do escultor Leopoldo de Almeida (1898-1975), forma-se em Pintura na Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa em 1955. Em 1961 participa na II Exposição de Artes Plásticas da Fundacção Calouste Gulbenkian e em 1964 obtém uma bolsa de estudo, prosseguindo os seus estudos em Paris. Na capital francesa contacta com a arte abstracta, sendo a sua obra desse período marcada pelos jogos de inter-relação entre espaços interiores e exteriores. Regressada a Portugal, expõe individualmente pela primeira vez em 1967 (Galeria Buchholz, Lisboa), apresentando composições geométricas e abstractizantes nas quais questiona o espaço pictórico e explora os limites físicos da pintura, problemática que viria a ser desenvolvida na sua obra futura. A partir do final da década de 1960 passa a centrar-se na intensa reflexão sobre a autorrepresentação e sobre as relações de tensão entre o corpo, o espaço e a obra: o seu próprio corpo é então encarado enquanto objecto e suporte da obra, temática que a partir de 1975 é desenvolvida através da manipulação de meios como a pintura, o desenho, a gravura, a instalação, a fotografia e o vídeo. Artista de intensa matriz conceptual, a sua rigorosa e original investigação plástica granjeou-lhe desde a década de 1970 um forte reconhecimento nacional e internacional, destacando-se a representacção de Portugal nas Bienais de São Paulo (1979), Veneza (1982 e 2004) e Sidney (2004) e as exposições antológicas em Santiago de Compostela e em Badajoz (2000), no Centro Cultural de Belém (2004), em Serralves (2005) e em Madrid (2008).
Joana Baião
Joana Baião