António Areal
Porto , 1934 – Lisboa , 1978
Artista autodidata, foi particularmente influenciado pela literatura e filosofia no desenvolvimento da sua formação. Inicia o seu percurso expositivo em 1954 e, em 1956, realiza a sua primeira exposição individual. No ano seguinte é galardoado com o Prémio de Desenho na I Exposição de Artes Plásticas da Fundação Calouste Gulbenkian, destacando-se nos trabalhos desta época as séries de desenhos de matriz visionista e influência surrealista. Em 1960 recebe uma bolsa de estudo, partindo no ano seguinte para São Paulo, onde permanece até 1962. Neste período desenvolve uma pintura gestual de carácter informalista. A partir de 1964 o seu campo de produção adquire uma dimensão mais conceptual, materializada na execução de peças que cruzam a pintura neofigurativa com a produção de construções tridimensionais às quais são associadas frases. A sua carreira conhece então um grande impulso: recebe o Prémio de Pintura da Casa da Imprensa (1965) e o Prémio de Desenho no 3º Salão Nacional de Arte Moderna (1968) e é seleccionado para representar Portugal na IX Bienal de São Paulo (1968). No início da década de 1970 os seus trabalhos complexificam-se formal e narrativamente, acompanhando o desenvolvimento da sua reflexão sobre o estatuto da arte, do artista e da crítica, problemáticas que aborda plasticamente (é o caso da séria de pinturas “O Coleccionador de Belas-Artes”) e através dos seus Textos de crítica e de combate na vanguarda das artes visuais (1970).
Joana Baião
Joana Baião