Formou-se em Escultura na Faculdade de Belas-Artes de Lisboa (1999), frequentando de seguida o Curso Avançado em Artes Visuais da Maumaus – Escola de Artes Visuais (2000). As suas esculturas, instalações e filmes problematizam a iconografia histórica, política e cultural portuguesa, as questões de género, bem como as questões morais e éticas da vivência sexual. Adotando frequentemente uma linguagem plástica neobarroca e kitsch, os seus trabalhos evidenciam também uma crítica mordaz e desconstrutiva sobre o conceito de valor artístico e simbólico, ao empregar materiais perecíveis, consumíveis e industrializados na construção de objectos cujo significado é coletivo, de grande relevância histórica ou mesmo material. Neste sentido, instaura um jogo de ilusionismo sobre a natureza significante dos objectos e das obras, demonstrando o caráter manipulatório com que rececionamos determinados signos coletivos de identidade e representacção. Toda a sua obra está envolta numa aura de polémica e provocacção, expondo as tensões sublimadas entre todas as formas de poder e o exercício da liberdade num político e individual. A sua obra tem tido um reconhecimento nacional e internacional. Em 2004 ganhou o prémio de Escultura City Desk, Portugal. Tem efetuado numerosas exposições individuais e coletivas, destacando-se mais recentemente as individuais realizadas na Galeria Leme, São Paulo (2012), na Nurture Art, Nova Iorque (2011), Museu Nacional de Arte Contemporânea (Museu do Chiado), 2009, ou as coletivas no Paço dos Duques, Guimarães (2012), Centro de Artes Helio Oiticica, Rio de Janeiro (2010), Gasworks, Londres (2010), Fundacção EDP e Museu Colecção Berardo, Lisboa (2010).

Emília Tavares