2014-05-06 10h00
Colóquio Marte#5: "Os Processos da Arte"
Os
processos da arte
No decurso das últimas décadas, são inúmeras as propostas artísticas que têm enfatizado aspectos ligados ao seu próprio fazer-se, seja mediante a exploração dos mais variados dispositivos projectuais enquanto obra, a convocação do público para experiências de carácter participativo, um tipo de materialização que deixa visível os seus processos de constituição, ou ainda a incorporação de metodologias tomadas de empréstimo a outras áreas disciplinares. Por um lado, estes procedimentos têm contribuído para descentrar a produção artística das suas qualidades auráticas e reificadas e para promovê-la enquanto meio discursivo por excelência dos modos de ver e compreender a realidade. Por outro, os diversos caminhos abertos pela dimensão projectual e processual, na sua ênfase dos meios (por oposição aos seus fins), na sua abertura ao indeterminado e ao circunstancial, e na sua vocação especulativa, têm contribuído para instaurar um campo de reflexões sobre o lugar da arte. Interessa, por isso, desvendar algumas das noções e pensamentos que subjazem aos processos enquanto ‘modos de fazer’, não só através das propostas apresentadas pelos artistas mas também das estratégias de visibilidade e do universo reflexivo que, a propósito daquelas, outros agentes do meio se propõem desenvolver.
No decurso das últimas décadas, são inúmeras as propostas artísticas que têm enfatizado aspectos ligados ao seu próprio fazer-se, seja mediante a exploração dos mais variados dispositivos projectuais enquanto obra, a convocação do público para experiências de carácter participativo, um tipo de materialização que deixa visível os seus processos de constituição, ou ainda a incorporação de metodologias tomadas de empréstimo a outras áreas disciplinares. Por um lado, estes procedimentos têm contribuído para descentrar a produção artística das suas qualidades auráticas e reificadas e para promovê-la enquanto meio discursivo por excelência dos modos de ver e compreender a realidade. Por outro, os diversos caminhos abertos pela dimensão projectual e processual, na sua ênfase dos meios (por oposição aos seus fins), na sua abertura ao indeterminado e ao circunstancial, e na sua vocação especulativa, têm contribuído para instaurar um campo de reflexões sobre o lugar da arte. Interessa, por isso, desvendar algumas das noções e pensamentos que subjazem aos processos enquanto ‘modos de fazer’, não só através das propostas apresentadas pelos artistas mas também das estratégias de visibilidade e do universo reflexivo que, a propósito daquelas, outros agentes do meio se propõem desenvolver.