Piso 3
entrada: Condições GeraisSousa Lopes 1879-1944. Efeitos de luz
Adriano Sousa Lopes
Esta mostra, ao cobrir toda a carreira do pintor, revela-se um importante contributo para a compreensão do entendimento sensível e do expressivo realismo deste autor.
Exposição patente no MNAC – Museu do Chiado de 18 de julho a 8 de novembro de 2015.
VISITA GUIADA (mediante marcação prévia)
10 setembro – 18h30 – Maria de Aires Silveira
Workshop de gravura aos sábados - 3 sessões únicas:
- 26 de setembro - 15h
- 3 de outubro - 10h
- 10 de outubro - 15h
Local: Galeria 1. Piso 3
Grupos: 10 pessoas dos 14 aos 114
Duração: 3h
Inscrições através do telefone: 21 343 24 48
FAZER GRAVURA COMO SOUSA LOPES – MNAC-MC
O atelier de gravura funciona no MNAC-Museu do Chiado, numa sala da exposição Sousa Lopes (1879-1944). Efeitos de luz, junto às chapas de cobre do autor, no cenário da I Guerra Mundial. Disponibilizamos os materiais, contamos com a colaboração do artista Hugo Amorim e a sua prensa de gravura, e assinalamos a memória das palavras de Sousa Lopes, em 1917, ao propor “documentar artisticamente” a participação de Portugal no conflito europeu.
Sousa Lopes regista expressivas despedidas de soldados, mães chorosas, marchas fatigantes, e, na frente de batalha expõe a tragédia humana, o desespero e a desolação da guerra, bombardeamentos, cenários de mortes e cemitérios. Do excecional núcleo de águas-fortes, destacam-se os Very-lights, Sepultura em terra de ninguém, Encruzilhada perigosa, Lacouture sob o bombardeamento de 9 de Abril e Ferme du Bois, distribuição do rancho, gravuras caracterizadas por traços expressivamente enérgicos, reveladoras da emoção e envolvimento do artista.VISITA GUIADA (mediante marcação prévia)
1 outubro – 18h30 – Carlos Silveira
Luís Martins
Doutor em Antropologia Social pelo I.S.C.T.E. – Universidade de Lisboa, com uma tese intitulada Inovação e Resistência – Um estudo sobre estratégias nas companhas de pesca (Bolsa de Investigação da Fundação para a Ciência e a Tecnologia).
Entre os trabalhos mais recentes, fui Consultor Científico, com Álvaro Garrido, para o novo Programa Museológico do Museu das Pescas de Moçambique (2015), Consultor Científico da Exposição “Artes de Pesca: Pescadores, normas, objectos instáveis”, Museu Nacional de Etnologia (2014), no âmbito de uma investigação para Pós-Doutoramento, intitulada Artes de Pesca – transformações nas técnicas após a integração na Comunidade Económica Europeia (União Europeia) (Fundação para a Ciência e Tecnologia) (2003-2007).
Sinopse da conferência
A obra de Adriano Sousa Lopes, dedicada às paisagens da beira água, e o título desta sessão, Fainas do Mar, servem-nos de pretexto para um exercício de reflexão acerca da diversidade de práticas e significados que a relação do homem com o mar sugere.
Partindo da minha experiência de terreno no campo da antropologia, evocarei a escrita, a fotografia e a pesquisa etnográfica em torno deste universo.
Maria de Aires Silveira
Licenciatura em História na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, em 1982, e Grau de Mestre em História de Arte na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, em 1986.
Dedica-se muito especialmente ao estudo de temáticas e autores oitocentistas e de inícios do século XX no Museu Nacional de Arte Contemporânea-Museu do Chiado, desde 1989. Comissária da exposição João Cristino da Silva, em 2000, de Miguel Ângelo Lupi, em 2002, e autora dos respetivos catálogos. Foi também cocomissária das exposições de Eduardo Viana, Mário Eloy, Columbano Bordalo Pinheiro; comissária de uma exposição deste artista, em 2010 e cocomissária da exposição Sousa Lopes (1879-1944). Efeitos de luz, em 2015.
Sinopse da conferência
Após a participação na I Guerra Mundial, Sousa Lopes procura de novo o poder da cor e o fascínio da imagem. As séries de efeitos de luz no mar das praias da Caparica, Aveiro, Furadouro, Nazaré revelam uma capacidade de observação que combina o rigor da análise com o instantâneo, por vezes, em linhas breves, no papel, com um lápis fino. O impacto causado pelas vibrações de luz e cor dos céus, das grandes extensões de areal em toques espatulados, provocou entusiásticas apreciações da obra de Sousa Lopes, de um modernismo equilibrado. Os seus registos das atividades piscatórias, atentos aos pormenores no modo de enrolar as cordas e de dobrar as redes, criam cenários de luz e cor que sublinham o trabalho da arte xávega. Estes episódios sucessivos e detalhados correspondem a uma visão cúmplice e envolvente da faina, vivida e entendida no local, por vezes dimensionada em grandes composições decorativas e integradas em novos fenómenos de afirmação do nacionalismo.
Visitas guiadas desenvolvidas num âmbito pedagógico
Orientação de Rita Duro, Pedro Fortes e Catarina Moura.
Ensino básico e secundário: 3.ª, 4.ª, 5.ª e 6.ª feira. 10h00-13h00
Ensino secundário e universitário: 3.ª e 5.ª feira. 14h00-17h00
Grupos culturais, seniores e outros: 4.ª e 6.ª feira. 14h00-17h00
marcação prévia obrigatória 213432148
Grupos limitados a uma turma ou a 22 pessoas
Oficinas Plásticas para escolas do 1º ciclo do ensino básico
Desenvolvimento técnico Margarida Rodrigues
Coordenação Pedagógica Catarina Moura
Luz + sombra + cor = a retrato
Sinopse: Esta atividade de expressão e desenvolvimento plástico vai observar a pintura de retrato. Luz e sombra são exploradas através do desenho com a linha e mancha, enquanto a cor é trabalhada através da técnica de colagem.
27 de Outubro - terça feira - 10h00 – 12h00
5 de Novembro - quinta feira - 10h00 – 12h00
marcação prévia obrigatória. Catarina Moura 213432148
Limitado a uma turma
Oficinas Plásticas para Seniores
Desenvolvimento técnico Margarida Rodrigues
Coordenação Pedagógica Catarina Moura
Vamos à praia com Sousa Lopes!
Sinopse: Esta atividade de expressão plástica vai trabalhar com maior enfoque as pinturas que evocam a praia. As cores são exploradas através da técnica do rasgar e colar, criando um padrão com as cores encontradas na pintura original. O desenho e o pormenor serão numa segunda fase trabalhadas a grafite.
5 de Novembro - quinta feira - 14h00 – 17h00
marcação prévia obrigatória. Catarina Moura 213432148
Limitado a 12 pessoas
Retratos e autorretratos de Mulheres: de musas a artistas
por Filipa Lowndes Vicente
Ser artista em Lisboa ou em Paris, era muito distinto. Tal como ser um homem artista ou uma mulher artista o era, independentemente das especificidades de cada percurso individual. Um homem que o fosse era simplesmente um “artista”. Uma mulher que também o fosse, tinha a sua identidade de género associada à sua identidade enquanto artista. E confrontava-se com ela de muitas formas: na educação, na sociabilidade, nas expectativas sociais, na forma como a crítica de arte a descrevia ou nos modos como a história da arte a classificava e inseria nas suas narrativas, escritas ou expostas.
Filipa Lowndes Vicente
Nasci em Lisboa em 1972 mas passei metade da vida a viver
noutros lugares, algo que também marcou a natureza das minhas abordagens e
temas. Doutorei-me na Universidade de Londres com aquele que seria o meu
primeiro livro: a relação entre viagens e exposições na Europa do século XIX a
partir dos Grand Tours de D. Pedro V. Depois disso tenho feito investigação
sobre diferentes temas – produção de conhecimento – escrito e visual - em
contextos coloniais, sobretudo na Índia colonial Portuguesa e Britânica;
Orientalismo italiano; história da fotografia, viagens, exposições, coleções e
museus; e também “mulheres artistas” e as formas como a história da arte as tem
definido e estudado, do século XVI ao XX.
Os retratos de Marguerite
por Fernando Rosa Dias
Depois de exercícios de retrato entre a afetação simbolista e jogos de luz de tradição impressionista, nas duas primeiras décadas do século, Sousa Lopes explorou na década de 1920 um retrato de sabor modernista. O exotismo da esposa Guitte será o modelo privilegiado desse modernismo conquistado através de jogos de poses mundanas, cativadas das novas liberdades e elegâncias dos «loucos anos 20».
Fernando Rosa Dias
Doutoramento em Ciências da Arte e
do Património na FBAUL, em torno da arte portuguesa contemporânea. Mestrado em
História da Arte Contemporânea pela FCSH da UNL. Licenciado em Design de
Comunicação pela FBAUL. Professor Auxiliar na FBAUL, da área científica de
Ciências da Arte e do Património. Coordenador do Mestrado de Crítica, Curadoria
e Teorias da Arte da FBAUL.
Fim-de-semana
Visita guiada para todo o público
1º Domingo de cada mês às 12h00
Sem marcação prévia. Ponto de encontro na receção do MNAC na Rua Serpa Pinto, nº 4.
Oficinas Plásticas para escolas do 1º ciclo do ensino básico
Desenvolvimento técnico Margarida Rodrigues
Coordenação Pedagógica Catarina Moura
Luz + sombra + cor = a retrato
Sinopse: Esta atividade de expressão e desenvolvimento plástico vai observar a pintura de retrato. Luz e sombra são exploradas através do desenho com a linha e mancha, enquanto a cor é trabalhada através da técnica de colagem.
27 de Outubro - terça feira - 10h00 – 12h00
5 de Novembro - quinta feira - 10h00 – 12h00
marcação prévia obrigatória. Catarina Moura 213432148
Limitado a uma turma
Oficinas Plásticas para Seniores
Desenvolvimento técnico Margarida Rodrigues
Coordenação Pedagógica Catarina Moura
Vamos à praia com Sousa Lopes!
Sinopse: Esta atividade de expressão plástica vai trabalhar com maior enfoque as pinturas que evocam a praia. As cores são exploradas através da técnica do rasgar e colar, criando um padrão com as cores encontradas na pintura original. O desenho e o pormenor serão numa segunda fase trabalhadas a grafite.
5 de Novembro - quinta feira - 14h00 – 17h00
marcação prévia obrigatória. Catarina Moura 213432148
Limitado a 12 pessoas
Nas Trincheiras da Flandres
Sousa Lopes foi o único artista oficial do Corpo Expedicionário Português em França, chegando à frente de guerra em Setembro de 1917. A sua missão foi concebida com objectivos imediatos de propaganda, porém, ela irá modificar-se com uma visão mais pessoal da guerra e a aposta decisiva na realização de uma série de grandes pinturas para o Museu Militar de Lisboa. Das trincheiras, onde o pintor observou a miséria e o heroísmo do soldado comum do CEP, ao convívio com um grupo de escritores e militares republicanos, com o qual partilhou ideais, importa revisitar uma experiência da Grande Guerra que permite compreender as obras em análise, consideradas as melhores pinturas de batalha da arte portuguesa.
Carlos Silveira é bolseiro da Fundação para a Ciência e Tecnologia e prepara tese de doutoramento sobre Sousa Lopes na Grande Guerra. Exerceu actividade de investigação em instituições museológicas, como o MNAC-MC, e tem publicados vários estudos sobre artistas dos séculos XVIII-XX e sobre arte da Primeira Guerra Mundial.
Entre a Palavra e a Imagem: Memórias da Grande Guerra
A participação de Portugal na Grande Guerra teve um reflexo muito significativo nas Artes e nas Letras, de que a obra de Sousa Lopes é exemplar. No campo da Literatura, surgiu uma abundante produção que foi desde muito cedo objecto de inventariação, com destaque para as numerosas memórias escritas por protagonistas, tanto no teatro de operações europeu como africano. Esta conferência apresenta uma panorâmica dessa produção, com destaque para alguns autores e obras considerados mais representativos.
António Ventura é Professor catedrático da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, Académico de Número da Academia Portuguesa da História. Sócio Efetivo da Academia de Marinha (História Marítima).