Sinopses das obras
Aquela velha questão do som e da imagemAutor: João Bento
Ano: 2000
Duração: 2’47’’
Uma paisagem que se move (através das bobines encontradas num cinema velho e devoluto), um observador fixo e uma banda sonora.
Este vídeo corresponde a um período de pesquisa e investigação levado a cabo no final dos anos 90, na qual explorava exaustivamente questões que se relacionavam com a fotografia, o cinema, o vídeo e o som. Questionando assim estes diferentes mas complementares suportes, transformando-os através do uso de outros meios artísticos e preservando o seu modo arcaico de funcionamento através das características próprias de cada um deles. Abrindo desta forma um salto para lá da objectividade que caracteriza a
fotografia, onde através de um corpo maior de trabalho daqui derivado explorava o modo como olhamos e reenquadramos mentalmente uma imagem fixa. A fotografia estabelece uma fixação num tempo específico que não se apaga fisicamente em direcção a outro momento. Este apagar apenas ocorre ou pode decorrer no nosso sistema perceptivo.
Característica humana contrária à reprodutibilidade sonoramente mecanizada da fotografia.
Este vídeo corresponde a um período de pesquisa e investigação levado a cabo no final dos anos 90, na qual explorava exaustivamente questões que se relacionavam com a fotografia, o cinema, o vídeo e o som. Questionando assim estes diferentes mas complementares suportes, transformando-os através do uso de outros meios artísticos e preservando o seu modo arcaico de funcionamento através das características próprias de cada um deles. Abrindo desta forma um salto para lá da objectividade que caracteriza a
fotografia, onde através de um corpo maior de trabalho daqui derivado explorava o modo como olhamos e reenquadramos mentalmente uma imagem fixa. A fotografia estabelece uma fixação num tempo específico que não se apaga fisicamente em direcção a outro momento. Este apagar apenas ocorre ou pode decorrer no nosso sistema perceptivo.
Característica humana contrária à reprodutibilidade sonoramente mecanizada da fotografia.
Começou para mim aqui uma grande questão entre o som e a imagem.
O Guarani (direita e esquerda)
Autor: Letícia Larín
Ano: 2018
Duração: 19’07’’
Autor: Letícia Larín
Ano: 2018
Duração: 19’07’’
Acompanhando o som da música “O Guarani” de Carlos Gomes, as mãos direita e esquerda revezam-se para desenhar com caneta esferográfica vermelha, círculos no meio da bandeira do Brasil. Ao invés de concluir um desfecho, o movimento reitera-se numa continuidade de idas e vindas: a música e a acção invertem-se, regressando ao ponto de partida.
Periodo Azul
Autor: Mané
Ano: 2018
Duração: 11’45’’
Autor: Mané
Ano: 2018
Duração: 11’45’’
A revisitação de obras icónicas de ‘grandes mestres da arte’ (do séc. XX ao presente) por ordem não necessariamente cronológica é centrada na cor azul, ponto de partida para a narrativa que se desenrola (literalmente) sobre um rolo de papel. Este é, sucessivamente, rodado/desenhado/rodado, num movimento mise en abîme que reproduz materialmente o loop imaterial da imagem.
A construção de imagens icónicas (e irónicas) faz-se, inicialmente, a partir das ferramentas tradicionais do desenho/pintura, media que vão sendo substituídos por objectos domésticos/íntimos, culminando numa sugestiva masturbação.
O loop reformula o significado das acções e dos objectos convocados. O efeito de espelho entre o loop e o seu reflexo sublinha a repetição (sistemática) de uma tendência (sistémica) nos momentos significativos de transição na arte ocidental, assinalando a constante nas convenções substituídas e substituintes. A página volta sempre a ficar em branco: pronta a ser reescrita.
A construção de imagens icónicas (e irónicas) faz-se, inicialmente, a partir das ferramentas tradicionais do desenho/pintura, media que vão sendo substituídos por objectos domésticos/íntimos, culminando numa sugestiva masturbação.
O loop reformula o significado das acções e dos objectos convocados. O efeito de espelho entre o loop e o seu reflexo sublinha a repetição (sistemática) de uma tendência (sistémica) nos momentos significativos de transição na arte ocidental, assinalando a constante nas convenções substituídas e substituintes. A página volta sempre a ficar em branco: pronta a ser reescrita.