entrada: Condições Gerais

Arte Moderna em Portugal 1910-1945

2009-03-27
2009-06-21
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Info

O Modernismo surgiu em Portugal na sequência da Revolução da República (1910), das estadas dos artistas em Paris e das crescentes trocas de informação e contactos com as vanguardas emergentes, que esta situação proporcionou. Também a geração literária, reunida em torno de Fernando Pessoa e das revistas Orfeu ou Portugal Futurista, deu ao movimento modernista uma importantíssima amplitude e profundidade. Amadeo de Souza-Cardoso, fixado em Paris, foi o único artista que participou em algumas das mais relevantes exposições da vanguarda internacional.

O contexto artístico local mantinha-se “um mal-entendido sem remédio”, nas palavras de Almada Negreiros. Dominado por um naturalismo tardio, por demais esgotado, apenas nos meados da década de 1930 conhece uma superficial assimilação da modernidade, então definida por António Ferro, seu promotor oficial, nos limites de um “indispensável equilíbrio", sem “incompatibilidade entre um regime de Autoridade consciente e a arte moderna”.

Simultaneamente ocorre uma reformulação do modernismo com novas propostas integradas no quadro das vanguardas internacionais em que alguns artistas se inserem. António Pedro retoma a exploração da relação da palavra e do espaço, iniciada com a geração do Orfeu, para seguidamente realizar as primeiras pinturas surrealistas. Vieira da Silva protagoniza a Segunda Escola de Paris e desenvolve uma abstracção de espaços ambíguos produzidos pela fragmentação da luz. O início da década de 1940 ficará ainda marcado pela profunda reformulação do trabalho de Almada Negreiros a partir dos frescos que realiza para as gares marítimas de Alcântara e da Rocha do Conde de Óbidos.

artistas

Abel Manta
Almada Negreiros
Amadeo de Souza-Cardoso
António Pedro
António Soares
Carlos Botelho
Dórdio Gomes
Eduardo Viana
Ernesto Canto da Maya
Francisco Franco
Maria Helena Vieira da Silva
Mário Eloy