Galeria PeP

entrada: Condições Gerais

BALADA DO CONDADO LARANJA

2023-11-16
2024-01-07
Curadoria: Emília Ferreira

A exposição Balada do Condado Laranja, projeto integrado no espaço laboratorial da galeria [PeP], reúne desenhos e poemas visuais, da autoria de Catarina Patrício. Na relação entre os dois grupos de trabalhos encontramos a velha, mas sempre complexa (outro modo de dizer dinâmica e rica), relação entre imagem e palavra, na igualmente antiga busca da criação de novas sequências de linguagem. Podem imagens e palavras iluminar-se reciprocamente?

Analista das formas visuais do mundo, com particular apetência para a sua revelação através do cinema, Catarina Patrício aborda o desenho de um modo eminentemente técnico, sem, contudo, iludir aspetos emocionais, narrativos, a que a escolha dos frames, e as novas montagens (sobreposições, invenções, cruzamentos de imagens e palavras) nos convidam.

História e cultura, duas faces da mesma moeda, têm produzido não apenas realidades palpáveis, quotidianas, como vastos sentidos simbólicos, narrativos que são sempre o resultado de processos complexos. Dizendo de outro modo, nada do que vivemos ou pensamos é destituído daquilo a que podemos chamar o ar do tempo, misturado com as nossas circunstâncias, tensões e desejos pessoais. Vivemos no seio de relações, em espaços e tempos concretos e físicos, mas também conceptuais, com ideias, sonhos, esperanças, crenças.
A velha definição do humano como o animal que significa, o animal cultural, é notória no trabalho de Catarina Patrício. Imagens e palavras — nada escapa à história e à cultura. E é isso que a artista expressa, em análise cirúrgica, de lápis em riste, em versão de benigno bisturi.
Existe uma relação de dança, de tensão, entre imagens e palavras. Aquelas, permeáveis a estas, deixam‐se redefinir ou “redimensionar” por elas; e estas — as palavras — não se livram do seu passado de desenho, de uma certa “arquiescritura”, que aponta esse pretérito riscado na terra, e que se tem alterado, sedimentado, ao longo do tempo, sem, contudo, se livrar desse corpo — o signo.

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CATARINA PATRÍCIO

Doutorada em Comunicação pela NOVA‐FCSH, na especialidade Cultura Contemporânea e Novas Tecnologias, realizou estudos de Pós‐Doutoramento na mesma faculdade. Artista Visual, formada em Pintura pela Faculdade de Belas‐Artes da Universidade de Lisboa e Mestre em Antropologia pela NOVA‐FCSH, Catarina Patrício é Professora no Departamento de Ciências da Comunicação e no Departamento de Cinema e Artes dos Media da ECATI [Escola de Comunicação, Arquitetura, Artes e Tecnologias da Informação], Universidade Lusófona, desde 2010. Investigadora integrada no CICANT, publica ensaios e expõe obra artística regularmente.






Em Exibição

The c(AI)rcles’s Pentagon

By Gencork | Sofalca

2025-05-28
2025-06-26
Curadoria: Portugal Faz Bem
A instalação de design/arte The c(AI)rcle’s Pentagon, que explora a ligação entre inteligência artificial, design (re)generativo, arte e sustentabilidade
Exposição individual

Caminhos

Coleção Millennium bcp

2025-05-16
2025-08-24
Curadoria: Emília Ferreira, Regina Branco e Joana d’Oliva Monteiro
Esta exposição coletiva aborda, a partir do tema da paisagem, o desejo da viagem ou a necessidade íntima de criar caminhos próprios
Exposição temporária

O FARDO DO HOMEM BRANCO

João Fonte Santa

2025-04-10
2025-07-03
Curadoria: Lúcia Saldanha e Rui Afonso Santos
O Artista recorre a uma linguagem figurativa que se vale dos paradigmas oitocentistas do Naturalismo - quer da pintura como da ilustração coevas, visualmente familiares e instituídos.
Exposição individual

ALDEBARAN CAÍDA POR TERRA

2025-03-13
2025-06-22
Aldebaran Caída por Terra é uma série de pinturas moldadas, com formas irregulares e orgânicas, onde o volume e incidência da luz se insinuam na forma de ver os (quase todos) rostos, pintados a pastel de óleo.
Exposição individual

Impressões Digitais. Coleção MNAC

2024-12-12
2026-12-30
Curadoria: Ana Guimarães, Emília Ferreira, Maria de Aires Silveira e Tiago Beirão Veiga
Constituída por obras fundadoras da historiografia da arte portuguesa contemporânea, de 1850 à atualidade, a coleção do MNAC guarda vários tesouros nacionais.
Exposição Permanente

Desde 1911

2022-05-26
2026-05-26
Uma intervenção que celebra os 110 anos do MNAC.
114 anos