De um universo
de 147 candidaturas recebidas, foram validadas 123 e escolhidos os cinco
finalistas. Os trabalhos apresentados, no mínimo duas obras e no máximo quatro
obras por cada candidatura, foram avaliados por um júri de seleção, composto
por Teresa Cruz (investigadora, especialista em Teoria dos Media e das Artes
Contemporâneas e docente universitária), António Sousa Dias (compositor,
investigador nos domínios do multimédia e da instalação e docente
universitário) e Adelaide Ginga (curadora e historiadora da arte).
O Júri desta segunda edição reiterou os critérios em que baseou a sua decisão privilegiando mais uma vez os trabalhos em linguagem multimédia, dando particular relevo às dinâmicas interdisciplinares das obras apresentadas a concurso que têm correspondência e corroboram a sua coerência nos percursos artísticos dos cinco finalistas, que reúnem as condições de qualidade artística e concetual, inovação de projeto e capacidade interdisciplinar no entendimento do conceito media art.
A cada um dos cinco artistas finalistas é atribuída uma bolsa de € 5.000, destinada à criação de uma obra inédita. Os trabalhos dos artistas finalistas serão expostos no MNAC - Museu do Chiado a partir de finais de novembro de 2017.
Os cinco finalistas:
André Martins (1994)
Vive e trabalha em
Lisboa. Depois de uma experiência académica na área das ciências da saúde,
está prestes a concluir a licenciatura em Arte Multimédia na Faculdade de
Belas-Artes da Universidade de Lisboa.
Participou em exposições coletivas e em residências artísticas, em Portugal e
na Polónia. Neste último país, realizou o programa ERASMUS +. Em 2015, foi
galardoado com o 1.º prémio da bienal Jov'arte, promovida pela Câmara Municipal
de Loures. A sua primeira exposição individual decorrerá este verão na
galeria municipal desta cidade.
André Sier (1977)
Engenheiro artístico com formação em ciências, artes e licenciado em filosofia. Trabalha com código, 3D, vídeo, som, eletrónica, desenho, escultura, videojogos, desde 1997, a partir do seu estúdio s373.net/x.
Cria, exibe e performa obras nacional e internacionalmente, contando já com mais de 25 exposições individuais e 80 participações em exposições coletivas, festivais e eventos artísticos. Premiado nos Jovens
Criadores (2006), Bienal de Cerveira (2009), três vezes na Lisbon MakerFaire (2014,15,16). Sier sublinha o seu trabalho serial nas séries 'struct', '747', 'space race', 'k.', 'uunniivveerrssee', 'piantadelmondo' e 'wolfanddotcom'. Professor regular de artes eletrónicas interativas desde 2002, assistente convidado na Universidade de Évora desde 2012, prossegue atualmente estudos doutorais no Planetary Collegium.
Nuno Lacerda 1983
Vive e trabalha em
Lisboa. Tem uma Licenciatura (Pré-Bolonha) em Artes Plásticas - Pintura pela
Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa, formação em banda desenhada
pelo CITEN - Centro de Arte Moderna José Azeredo de Perdigão, Fundação Calouste
Gulbenkian, e formação representação teatral pela Casa de Teatro de Sintra.
Do seu percurso destacam-se os trabalhos em vídeo da série intitulada Mapas,
com os quais participa regularmente em vários festivais de videoarte desde
2011, entre eles o FUSO - Lisboa, Paris, Nova Iorque, Bahia, o VAFA Vídeo Art
For All - Macau, 2012, o IndieLisboa 2015 e o Proyektor - Madrid, 2016. Conta
também com várias exposições coletivas e individuais, das quais a mais recente Abscôndito
foi acolhida na galeria MUTE em Lisboa, 2016. Colabora ainda em projetos de
ilustração, música e teatro e trabalha profissionalmente na área da educação
artística.
Rodrigo Gomes (Faro, 1991).
Foi criado na vila de São Bartolomeu de Messines (Silves), onde viveu até aos 20 anos. Artista atualmente a viver e a trabalhar em Lisboa. Frequenta o Mestrado de Arte Multimédia na Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa. É licenciado em Escultura pela Universidade de Évora (2012-2015) e pós-graduado em Arte Sonora pela Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa (2015-2016). O seu trabalho aborda questões formais e conceptuais resultantes da interseção de imagens com objetos tridimensionais. Centra-se na construção de projeções tridimensionais em ambientes sonoros contínuos e ilusórios, percorrendo diferentes ritmos que encaminha a visão para a observação de imagens suspensas no espaço.
Sofia Caetano (1987)
É açoriana mas atualmente vive e leciona em Boston, nos EUA. Licenciou-se em Pintura pela FBAUL e completou o MFA em Media Art na Emerson College, pelo qual recebeu o Award for Excellence.
A sua filmografia conta com curtas-metragens de ficção, documental e experimental, vídeo dança, e videoarte. BLISS (2016) é um híbrido entre o cinema e a instalação, e foi recipiente da Bolsa de Criação Artística Audiovisual e Multimédia do Governo Regional dos Açores.
Participou em exposições coletivas em Portugal e nos EUA, e em festivais de cinema nos EUA, Japão, México, Turquia, Grécia, Suíça e Portugal, destacando-se o Ann Arbor Film Festival. Foi distinguida com o Women in Filmmaking Award pelo Emerson LA Film Festival.