Meditação
, 1958
Manuel D’Assumpção
Óleo sobre cartão prensado
50 × 40 cm
50 × 40 cm
assinado e datado
Inv. 1713
Historial
Adquirido pelo Estado em 1958.
Exposições
Lisboa, 1985, 17.
Bibliografia
D’Assumpção, Lisboa, 1985, 17.
Adquirido pelo Estado em 1958.
Exposições
Lisboa, 1985, 17.
Bibliografia
D’Assumpção, Lisboa, 1985, 17.
Obra perfeitamente enquadrada nos pressupostos abstraccionistas do artista neste período, Meditação desenvolve-se ainda assim num contexto de maior diversidade cromática e intensidade composicional, do que Lirismo azul. A mesma ideia do fundo, como plataforma de rompimento de cadeias tonais, tem nesta tela uma sugestão de forma arquitectónica, a do arco perfeito, através de um seccionamento da mesma em sombra e luz, da mesma paleta de cor, mas com manipulações da sua densidade e contraste. Tal como em obras similares, a introdução de uma dissonância tonal em relação à harmonia cromática geral da tela, introduz uma noção de variável de ritmo de cor numa psicologia estética muito próxima da musicalidade. Na génese da sua pintura está também a influência de pintores da Jovem Escola de Paris, como Alfred Manessier, na sua vertente mais mística, e do trabalho em vitral, que surge incorporado no sentido estético e espiritual das obras de D’Assumpção.
Emília Tavares
Emília Tavares