Lirismo azul

, 1958

Manuel D’Assumpção

Óleo sobre cartão

60 × 36 cm
assinado e datado
Inv. 1717
Historial
Doação do autor, em 1958.

Exposições
Lisboa, 1985, 16; Queluz, 1989, 139; Castelo Branco, 2002, 16, cor.

Bibliografia
D’Assumpção, 1985, 16; MNAC: Colecção de Pintura Portuguesa (…), 1989,130; SILVA (et al.), 1994, 215, cor; SANTOS, 2001, 16, cor.
Abandonada a primeira fase surrealista da sua carreira, o pintor passa a interessar-se por uma via de Abstraccionismo lírico, produto da sua vivência parisiense e da influência de Menessier. Algumas das obras deste período chegaram mesmo a ser expostas no Salon des Réalités Nouvelles, em 1961, comprovando o alinhamento do pintor com o novo Abstraccionismo europeu.
Nesta obra, a reminiscência de uma poética kadinskiana expressa-se no próprio título da obra, mas também na forma sincopada e quase musical com que a composição geométrica e cromática se articula. Os pontos de maior luminosidade, no centro da tela, rompem uma articulação bicromática e inserem algum sentido de profundidade à mesma, provocando uma ressonância tonal em relação ao conjunto.

Emília Tavares
 

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