Episódio com um cão
, 1941
António Dacosta
Óleo sobre tela,
90 × 51 cm
90 × 51 cm
assinado e datado
Inv. SEC 0429
Historial
Depositado pela Secretaria de Estado da Cultura em 1994.
Exposições
Lisboa, 1942, 1; Lisboa, 1952, 9; Paris, 1968, 60; Bruxelas, 1968, 60;
Madrid, 1968, 60; Lisboa, 1969; Barreiro, 1972, 10; Lisboa, 1975, s.n.º, p.b.;
Londres, 1978, 55, p.b.; Porto, 1980, 61; Porto, 1985, 16, p.b.; Lisboa, 1986, s.n.º, p.b.; Bruxelas, 1986, 22, cor; Moscovo, 1987, s.n.º, cor; Lisboa, 1988, 9, cor;
Porto, 1988, 9, cor; Lisboa, 1994, 105, p.b.; Vila Nova de Famalicão, 2001;
Lisboa, 2001, 24, cor; Castelo Branco, 2002, 5, cor; Madrid, 2002, 24, cor;
Lisboa, 2009; Lisboa, 2010.
Bibliografia
7.ª Exposição de Arte Moderna, 1942, 1; Dezassete Quadros (...), 1952, 9;
Art portugais: peinture et sculpture (…), 1968, 60; BRONZE, 1969, 37-38;
Alguns Caminhos da Pintura Portuguesa (…), 1972, 10; GONÇALVES, 1972, 304;
FRANÇA, 1974, 347; Exposição de 100 Obras do Património do M.C.S, 1975, s.n.º, p.b.; Portuguese art since 1910, 1978, 55, p.b.; Pintura e Escultura em Portugal (…), 1980, 20; Programa e Elenco das Obras do Acervo (…), 1980, 61; GONÇALVES, 1981, 11, p.b.; GONÇALVES, 1984, 29, p.b.; Pintura Portuguesa. Obras Destinadas (…), 1985, 16, p.b.; Prémios AICA/SEC 81-85, 1986, s.n.º, p.b.; Le XXème au Portugal, 1986, 22, cor;
Arte Portuguesa Contemporânea, 1987, s.n.º, cor; António Dacosta, 1988, 9, cor; GONÇALVES, 1989, s.n.º, p.b.; Arte Portuguesa (…), 1992, 31, cor; SILVA(et al.),
1994, 238, cor; As Tentações de Bosch (…), 1994, 105, p.b.; SILVA, 1995, 401; GONÇALVES, 1998, 61, cor; GONÇALVES, 1999, 136; ÁVILA, 2001, 24, cor;
SANTOS, Figuração e Abstracção (…), 2002, 5, cor.
Depositado pela Secretaria de Estado da Cultura em 1994.
Exposições
Lisboa, 1942, 1; Lisboa, 1952, 9; Paris, 1968, 60; Bruxelas, 1968, 60;
Madrid, 1968, 60; Lisboa, 1969; Barreiro, 1972, 10; Lisboa, 1975, s.n.º, p.b.;
Londres, 1978, 55, p.b.; Porto, 1980, 61; Porto, 1985, 16, p.b.; Lisboa, 1986, s.n.º, p.b.; Bruxelas, 1986, 22, cor; Moscovo, 1987, s.n.º, cor; Lisboa, 1988, 9, cor;
Porto, 1988, 9, cor; Lisboa, 1994, 105, p.b.; Vila Nova de Famalicão, 2001;
Lisboa, 2001, 24, cor; Castelo Branco, 2002, 5, cor; Madrid, 2002, 24, cor;
Lisboa, 2009; Lisboa, 2010.
Bibliografia
7.ª Exposição de Arte Moderna, 1942, 1; Dezassete Quadros (...), 1952, 9;
Art portugais: peinture et sculpture (…), 1968, 60; BRONZE, 1969, 37-38;
Alguns Caminhos da Pintura Portuguesa (…), 1972, 10; GONÇALVES, 1972, 304;
FRANÇA, 1974, 347; Exposição de 100 Obras do Património do M.C.S, 1975, s.n.º, p.b.; Portuguese art since 1910, 1978, 55, p.b.; Pintura e Escultura em Portugal (…), 1980, 20; Programa e Elenco das Obras do Acervo (…), 1980, 61; GONÇALVES, 1981, 11, p.b.; GONÇALVES, 1984, 29, p.b.; Pintura Portuguesa. Obras Destinadas (…), 1985, 16, p.b.; Prémios AICA/SEC 81-85, 1986, s.n.º, p.b.; Le XXème au Portugal, 1986, 22, cor;
Arte Portuguesa Contemporânea, 1987, s.n.º, cor; António Dacosta, 1988, 9, cor; GONÇALVES, 1989, s.n.º, p.b.; Arte Portuguesa (…), 1992, 31, cor; SILVA(et al.),
1994, 238, cor; As Tentações de Bosch (…), 1994, 105, p.b.; SILVA, 1995, 401; GONÇALVES, 1998, 61, cor; GONÇALVES, 1999, 136; ÁVILA, 2001, 24, cor;
SANTOS, Figuração e Abstracção (…), 2002, 5, cor.
Reagindo ao Modernismo oficialmente aquietado e vertido em termos históricos e folclóricos na Exposição do Mundo Português de 1940, a exposição que António Pedro, António Dacosta e a escultora inglesa Pamela Boden então promoveram na Casa Repe, ao Chiado, denunciou simultaneamente o absurdo de um mundo imerso em guerra de morte.
Sendo o mais novo dos pintores de «segunda geração» da arte moderna portuguesa, António Dacosta exprimiu na sua pintura a dualidade de um artista atento à história contemporânea, mas, ao mesmo tempo, de um temperamento isolado em virtude da sua condição natural de ilhéu açoriano. O resultado foi uma pintura onde ressalta a suspensão temporal num cenário de angustiante silêncio e isolamento, como este Episódio com um cão bem o demonstra. Escalonada em três patamares distintos, coincidentes com outras tantas metáforas, esta pintura oferece a imagética surrealista da água, avatar natural da insularidade, como elemento primordial e inconsciente ao qual sucede o absurdo do cão quieto que coabita com uma criatura híbrida, alada e agressiva, para culminar no duelo dos dois espadachins sem rosto que se degladiam numa luta de morte, numa antinarrativa insólita que sugere a sobre-realidade da História.
Raquel Henriques da Silva
Sendo o mais novo dos pintores de «segunda geração» da arte moderna portuguesa, António Dacosta exprimiu na sua pintura a dualidade de um artista atento à história contemporânea, mas, ao mesmo tempo, de um temperamento isolado em virtude da sua condição natural de ilhéu açoriano. O resultado foi uma pintura onde ressalta a suspensão temporal num cenário de angustiante silêncio e isolamento, como este Episódio com um cão bem o demonstra. Escalonada em três patamares distintos, coincidentes com outras tantas metáforas, esta pintura oferece a imagética surrealista da água, avatar natural da insularidade, como elemento primordial e inconsciente ao qual sucede o absurdo do cão quieto que coabita com uma criatura híbrida, alada e agressiva, para culminar no duelo dos dois espadachins sem rosto que se degladiam numa luta de morte, numa antinarrativa insólita que sugere a sobre-realidade da História.
Raquel Henriques da Silva