Aurora hiante
, 1942
Cândido Costa Pinto
Óleo sobre madeira
56 × 48 cm
56 × 48 cm
Inv. 1499
Historial
Adquirido pelo Estado ao autor em 1952.
Exposições
Lisboa, 1944, 7; Lisboa, 1945, 4; Veneza, 1950, 4; Lisboa, 1951, 31;
Coimbra, 1958, 14; Guimarães, 1958, 14; Porto, 1958, 14; São Paulo, 1979;
Lisboa, 1980, s.p; Lisboa, 1982, 90, p.b.; Macau, 1987, cor; Queluz, 1989, 141;
Figueira da Foz, 1995, 23, 72, p.b.; Lisboa, 1995, 23, 72, p.b.; Badajoz, 2001, 47, cor; Lisboa, 2001, 47, cor; Vila Nova de Famalicão, 2001, 47, cor; Madrid, 2002, 47, cor;
Castelo Branco, 2002, 73, cor; Vila Franca de Xira, 2005, 61, cor; Lisboa, 2006;
Lisboa, 2010.
Bibliografia
8.ª Exposição de Arte Moderna, 1944, 7; Segunda Exposição de Cândido Costa Pinto, 1945, 4; Participação Portuguesa na XXV Bienal Internacional de Arte, 1950, 4; Exposição de Pintura Moderna (…) de Cândido Costa Pinto, 1951, 31; TRIGUEIROS, 1956, p.b.; Exposição Itinerante de algumas Obras do MNAC, 1958, 14; FRANÇA, 1966, 23, p.b.; CHICÓ (et al.), 1973, 102, cor; FRANÇA, 1974, 375, p.b.; TANNOCK, 1978, 35, cor; Cândido Costa Pinto, 1911–1977, 1979; Meio Século de Arte Portuguesa, 1900–1950, 1980, s.p.; Os Anos 40 na Arte Portuguesa, 1982, 88, 89, p.b.; GONÇALVES, 1984, p.b.; GONÇALVES, 1986, 175, cor; GONÇALVES, 1986, 77, cor; Os Anos 40 a 60 na Pintura Portuguesa, 1987, cor; Museu Nacional de Arte Contemporânea (…), 1989, 141; SILVA (et al.), 1994, 310, cor; Cândido Costa Pinto: Retrospectiva (1911–1977), 1995, 72, p.b.; GONÇALVES, 1998, 62, cor; SILVA, 1998, 90, cor; GONÇALVES, 1999, 136; ÁVILA, 2001, 46, 47, cor; SANTOS, Figuração e Abstracção (…), 2002, 72, 73, cor; Um Tempo e Um Lugar: Dos Anos Quarenta aos Anos Sessenta (...), 2005, 61, cor.
Adquirido pelo Estado ao autor em 1952.
Exposições
Lisboa, 1944, 7; Lisboa, 1945, 4; Veneza, 1950, 4; Lisboa, 1951, 31;
Coimbra, 1958, 14; Guimarães, 1958, 14; Porto, 1958, 14; São Paulo, 1979;
Lisboa, 1980, s.p; Lisboa, 1982, 90, p.b.; Macau, 1987, cor; Queluz, 1989, 141;
Figueira da Foz, 1995, 23, 72, p.b.; Lisboa, 1995, 23, 72, p.b.; Badajoz, 2001, 47, cor; Lisboa, 2001, 47, cor; Vila Nova de Famalicão, 2001, 47, cor; Madrid, 2002, 47, cor;
Castelo Branco, 2002, 73, cor; Vila Franca de Xira, 2005, 61, cor; Lisboa, 2006;
Lisboa, 2010.
Bibliografia
8.ª Exposição de Arte Moderna, 1944, 7; Segunda Exposição de Cândido Costa Pinto, 1945, 4; Participação Portuguesa na XXV Bienal Internacional de Arte, 1950, 4; Exposição de Pintura Moderna (…) de Cândido Costa Pinto, 1951, 31; TRIGUEIROS, 1956, p.b.; Exposição Itinerante de algumas Obras do MNAC, 1958, 14; FRANÇA, 1966, 23, p.b.; CHICÓ (et al.), 1973, 102, cor; FRANÇA, 1974, 375, p.b.; TANNOCK, 1978, 35, cor; Cândido Costa Pinto, 1911–1977, 1979; Meio Século de Arte Portuguesa, 1900–1950, 1980, s.p.; Os Anos 40 na Arte Portuguesa, 1982, 88, 89, p.b.; GONÇALVES, 1984, p.b.; GONÇALVES, 1986, 175, cor; GONÇALVES, 1986, 77, cor; Os Anos 40 a 60 na Pintura Portuguesa, 1987, cor; Museu Nacional de Arte Contemporânea (…), 1989, 141; SILVA (et al.), 1994, 310, cor; Cândido Costa Pinto: Retrospectiva (1911–1977), 1995, 72, p.b.; GONÇALVES, 1998, 62, cor; SILVA, 1998, 90, cor; GONÇALVES, 1999, 136; ÁVILA, 2001, 46, 47, cor; SANTOS, Figuração e Abstracção (…), 2002, 72, 73, cor; Um Tempo e Um Lugar: Dos Anos Quarenta aos Anos Sessenta (...), 2005, 61, cor.
Cândido Costa Pinto é um dos pioneiros do Movimento Surrealista português. Uma dimensão onírica atenta ao inconsciente e aos desejos mais primitivos e polimorfos sustenta a sua poética próxima de Dali. Neste sentido os valores mais tradicionais da pintura ocidental, como a representação mimética, mantêm-se, embora o referente seja de natureza imaginária. Também o claro-escuro e o paisagismo são outras heranças que esta pintura não rejeita. O seu aspecto mais curioso reside na organicidade extrema das figuras que são distorcidas diante de uma paisagem de grande profundidade – criada por uma linha de horizonte baixa e por um desenvolvimento vertical do motivo – e assim aparentam uma monumentalidade escatológica. Ao prazer oral patente na figura de grandes proporções cuja boca devora os próprios dedos sobrepõe-se o táctil presentificado pelas inúmeras mãos que afagam cabelos e membros. No ar surgem fragmentos fantasmáticos de paisagens misteriosas apelando para um visionarismo mágico. A exacerbação dos sentidos é plena e o erotismo generaliza-se à cena. A vela apagada e ainda fumegante assume deste modo uma conotação explícita na trama imagética. A luminosidade fria é gradada relativamente à verticalidade e, no seu jogo de amarelos e azuis, traz uma memória do romantismo alemão. Neste contexto funciona como nota rara a dissonante de uma linguagem excessivamente colada à de Dali e que em obras subsequentes o artista abandonaria.
Pedro Lapa
Pedro Lapa