Pintura
, 1936
Carlos Botelho
Óleo sobre madeira
104,5 × 100 cm
104,5 × 100 cm
Inv. 848
Historial
Adquirido pelo Estado em 1936.
Exposições
Lisboa, 1936; Lisboa, 1949; Lisboa, 1989, 87, cor; Lisboa, 1999, 35, cor; Lisboa, 2005;
Lisboa, 2006; Salamanca, 2007, 87, cor; Madrid, 2007, 87, cor; Badajoz, 2007, 87, cor;
Lisboa, 2009.
Bibliografia
2.ª Exposição de Arte Moderna do SPN, 1936; XVII Exposição de Alguns Pintores Portugueses, 1949; FERREIRA, 1971, 12, p.b.; Botelho, 1989, 87, cor; quadros, s.d., 9, p.b.; BOTELHO (et al.), 1995, 137, cor; Botelho. Centenário do Nascimento, 1999, 35, cor; Carlos Botelho. Artistas Portugueses (…), (s.d), p.b.; ÁVILA, 2007, 86, 87, cor.
Adquirido pelo Estado em 1936.
Exposições
Lisboa, 1936; Lisboa, 1949; Lisboa, 1989, 87, cor; Lisboa, 1999, 35, cor; Lisboa, 2005;
Lisboa, 2006; Salamanca, 2007, 87, cor; Madrid, 2007, 87, cor; Badajoz, 2007, 87, cor;
Lisboa, 2009.
Bibliografia
2.ª Exposição de Arte Moderna do SPN, 1936; XVII Exposição de Alguns Pintores Portugueses, 1949; FERREIRA, 1971, 12, p.b.; Botelho, 1989, 87, cor; quadros, s.d., 9, p.b.; BOTELHO (et al.), 1995, 137, cor; Botelho. Centenário do Nascimento, 1999, 35, cor; Carlos Botelho. Artistas Portugueses (…), (s.d), p.b.; ÁVILA, 2007, 86, 87, cor.
A contínua reelaboração das ruas de Lisboa constituem o assunto central das pinturas de Carlos Botelho ao longo de praticamente toda a sua carreira. Tirando todo o partido da configuração da cidade, feita de subidas e descidas que organizam dinâmicas perspectivas, situa-se num ponto elevado para captar a cena. Isto permite-lhe dispor uma progressão de volumes de dimensão decrescente, cuja rigidez de prismas e cubos é atenuada pela amabilidade da pintura, que organizam uma luminosa diagonal de brancos que avança até ao centro da composição, encontrando o seu equilíbrio cromático e compositivo no prédio vertical de intenso vermelho, situado à direita e na linha de horizonte que as arquitecturas finais definem. Clara devedora dos pressupostos volumétricos pós-cezannianismo que nas décadas de 20 e 30 muitos artistas seguiram, esta vista de Lisboa, como as restantes do artista, servem para construir uma imagem plasticamente moderna de uma cidade que se quer tradicional, conduzida por tipismos – o sol, a roupa estendida, os populares nas suas fainas –, e que viria ao encontro da imagem que o Regime pretendera para a capital. Assim, o artista, entre jogos de volumes e quentes oposições de cor, em que os vermelhos e brancos adquirem protagonismo, detém-se no pormenor anedótico com o qual confere essa dimensão humana e pitoresca à cidade.
Maria Jesús Ávila
Maria Jesús Ávila