Praia de Banhos, Póvoa de Varzim
, 1884
João Marques de Oliveira
Óleo sobre tela
47,5 × 69,5 cm
47,5 × 69,5 cm
assinado e datado
Inv. 327
Historial
Adquirido ao artista pelo Legado Valmor em 1917.
Exposições
Lisboa, 1887, 156; Bruxelas, 1967, 7, p.b.; Madrid, 1968, 7, p.b.; Paris, 1968, 7, p.b.; Madrid, 1985, 11, cor; Macau, 1986, cor; Paris, 1987, 167, cor; Lisboa, 1988, 167, cor; Lisboa, 1998, 186, cor; Lisboa, 2002; Lisboa, 2005; Lisboa, 2010.
Bibliografia
XYLOGRAPHO, 1887, 188; O Occidente, 1887, 309, 311 – 12; MACEDO, 1953, 4, p.b.; PAMPLONA, 1954, vol. III; FRANÇA, 1967, vol. II, 35, p.b.; Art Portugais: Peinture et sculpture du Naturalisme à nous jours, 1968, 7, p.b.; COGNIAT, Colóquio/ Revista de Artes e Letras, 1968, 47, 4, p.b.; Dicionário da Pintura Universal: Pintura Portuguesa, 1973, vol. 3, 232; LOPES, 1975, 13, cor; FRANÇA, 1975, 13, cor; Portuguese 20th century artists: a biographical dictionary, 1978; 100 obras maestras del arte portugués, 1986, 125, cor; FRANÇA e COSTA, 1986, 51, cor; RIO-CARVALHO, 1986; Os Naturalistas Portugueses, 1986, grav.; Paris, FCG/Centre Culturel Portugais, 1988, 35, p.b.; LAPA, 1994, 32, cor; PEREIRA, Paulo, 1995, 338; A Arte e o Mar, 1998, 199, cor.
Adquirido ao artista pelo Legado Valmor em 1917.
Exposições
Lisboa, 1887, 156; Bruxelas, 1967, 7, p.b.; Madrid, 1968, 7, p.b.; Paris, 1968, 7, p.b.; Madrid, 1985, 11, cor; Macau, 1986, cor; Paris, 1987, 167, cor; Lisboa, 1988, 167, cor; Lisboa, 1998, 186, cor; Lisboa, 2002; Lisboa, 2005; Lisboa, 2010.
Bibliografia
XYLOGRAPHO, 1887, 188; O Occidente, 1887, 309, 311 – 12; MACEDO, 1953, 4, p.b.; PAMPLONA, 1954, vol. III; FRANÇA, 1967, vol. II, 35, p.b.; Art Portugais: Peinture et sculpture du Naturalisme à nous jours, 1968, 7, p.b.; COGNIAT, Colóquio/ Revista de Artes e Letras, 1968, 47, 4, p.b.; Dicionário da Pintura Universal: Pintura Portuguesa, 1973, vol. 3, 232; LOPES, 1975, 13, cor; FRANÇA, 1975, 13, cor; Portuguese 20th century artists: a biographical dictionary, 1978; 100 obras maestras del arte portugués, 1986, 125, cor; FRANÇA e COSTA, 1986, 51, cor; RIO-CARVALHO, 1986; Os Naturalistas Portugueses, 1986, grav.; Paris, FCG/Centre Culturel Portugais, 1988, 35, p.b.; LAPA, 1994, 32, cor; PEREIRA, Paulo, 1995, 338; A Arte e o Mar, 1998, 199, cor.
Falar de impressionismo a propósito deste óleo seria abusivo, não que Marques de Oliveira não o tenha sugerido, ainda que vagamente, em algumas pochades, mas aqui não se encontra a atmosfera própria. A apontar ascendentes, eles seriam Manet e E. Boudin. Assim, a metade esquerda do quadro exibe uma pincelada mais solta e expressiva, especialmente nas ondas. A água, o céu, a areia perdem as qualidades intrínsecas para revelarem a pintura como pintura pura. Uma vela interrompe a linha do horizonte, contrabalançando as bandeiras que, no lado direito flutuam sobre o branco das barracas, onde o contraste deste com o negro das sombras evoca a memória de Manet. Todavia, as figuras mais pormenorizadas que no areal contemplam o mar envoltas numa penumbra sob a claridade, mais se assemelham às das praias de Deauville e Trouville que Boudin pintou. No estudo para este quadro que existe no Museu José Malhoa este aspecto não é considerado, ganhando todo o quadro uma síntese de uma modernidade bem mais radical. Com este magnífico quadro a pintura portuguesa oitocentista assume uma primeira expressão consentânea com a vanguarda internacional, ainda que episódica, onde a própria pintura se fez signo consciente de uma desmesura inerente a si mesma, enquanto interrogação e criação das condições pictóricas do visível.
Pedro Lapa
Pedro Lapa