Salomé
, 1917
Francisco dos Santos
Mármore
45 × 76 × 40 cm
45 × 76 × 40 cm
assinado e datado
Inv. 431
Historial
Adquirido pelo legado Valmor ao artista em 1916 – 17. Integrado no MNAC em 1918.
Exposições
Lisboa, 1918, 154; Lisboa, 1923, 92
Bibliografia
PRETO, A., 1921; PARIS, 1926, 842; Lisboa, s.d. (1930), 26; Portugal : A arte, os monumentos, a paisagem, os costumes, as curiosidades, s.d. (c. 1936), 22, p.b.; BRAGANÇA, s.d. (c. 1936), 15; PAMPLONA, 1954, vol. IV; FRANÇA, 1967, vol. I, 319, p.b.; ANACLETO, 1986, 147; SILVEIRA, 1994, 94.
Adquirido pelo legado Valmor ao artista em 1916 – 17. Integrado no MNAC em 1918.
Exposições
Lisboa, 1918, 154; Lisboa, 1923, 92
Bibliografia
PRETO, A., 1921; PARIS, 1926, 842; Lisboa, s.d. (1930), 26; Portugal : A arte, os monumentos, a paisagem, os costumes, as curiosidades, s.d. (c. 1936), 22, p.b.; BRAGANÇA, s.d. (c. 1936), 15; PAMPLONA, 1954, vol. IV; FRANÇA, 1967, vol. I, 319, p.b.; ANACLETO, 1986, 147; SILVEIRA, 1994, 94.
Tema corrente da expressão académica internacional, Salomé representa a princesa judia do equívoco episódio de sentimentos cruzados relatado por S. Mateus. Francisco dos Santos capta o momento final da dança solicitada pelo tetraca Herodes em troca da decapitação do profeta S. João Baptista. A comoção do rosto, praticamente escondido pelo beijo, espelha-se na imagem tétrica do desfecho desta paixão que a morte consumiu. Salomé concretiza a expressividade corpórea através do arrebatamento, no abraço da cabeça aureolada de S. João. A sinuosidade das suas linhas acentua-se pela posição, como uma espiral que se desenrola, revelando o temperamento sensual do autor. A personagem deita-se provavelmente no seu último véu, ténue e minuciosamente decorado com elementos arte nova que adornam também o cabelo. Outros signos reforçam uma tardia marcação estética simbolista: beijo, cabeça com auréola, sensualidade feminina, relações passionais, todos como símbolos nocturnos ligados à morte.
Maria Aires SIlveira
Maria Aires SIlveira