S. Sebastião
, c. 1916
Alfredo Roque Gameiro
Aguarela sobre papel
19 × 27 cm
19 × 27 cm
assinado
Inv. 294
Historial
Adquirido pelo Estado em 1917.
Exposições
Lisboa, 1946; Luanda, Lourenço Marques, 1948, 45; Lisboa, 1916, 171.
Bibliografia
SILVEIRA, 1994, 202, cor.
Adquirido pelo Estado em 1917.
Exposições
Lisboa, 1946; Luanda, Lourenço Marques, 1948, 45; Lisboa, 1916, 171.
Bibliografia
SILVEIRA, 1994, 202, cor.
Aguarelista sensível, Alfredo Roque Gameiro entendeu a pintura como o vinham fazendo sucessivas gerações de pequenos-mestres, desde o século anterior, empenhados no registo simultaneamente plástico e verista dos motivos castiços de uma paisagem nacional.
Nesta obra regista-se um interessante jogo de volumes, gostosamente trabalhado, delimitando a escadaria que, atravessando a falésia e os degraus já gastos, encaminham o olhar para a Ermida, de planta octogonal, numa progressiva dinâmica de representação de linhas curvas e cantos angulosos. Contrariando esta direcção, uma mulher com um cântaro desce as escadas, enquanto outra contempla a praia. O caminho da fonte torna-se o motivo da composição embora a Ermida de S. Sebastião identifique o local.
Uma subtileza de entendimentos em presenças desvendadas por olhares ausentes na composição (areal e água) sugerem uma nostalgia acentuada pela luminosidade de final de tarde, em jogos de sombra/luz que destacam os brancos manchados dos alçados como motivo plástico da aguarela.
Maria Aires Silveira
Nesta obra regista-se um interessante jogo de volumes, gostosamente trabalhado, delimitando a escadaria que, atravessando a falésia e os degraus já gastos, encaminham o olhar para a Ermida, de planta octogonal, numa progressiva dinâmica de representação de linhas curvas e cantos angulosos. Contrariando esta direcção, uma mulher com um cântaro desce as escadas, enquanto outra contempla a praia. O caminho da fonte torna-se o motivo da composição embora a Ermida de S. Sebastião identifique o local.
Uma subtileza de entendimentos em presenças desvendadas por olhares ausentes na composição (areal e água) sugerem uma nostalgia acentuada pela luminosidade de final de tarde, em jogos de sombra/luz que destacam os brancos manchados dos alçados como motivo plástico da aguarela.
Maria Aires Silveira