A caminho da fonte

, 1894

Ernesto Condeixa

Óleo sobre tela

150 × 100 cm
assinado e datado
Inv. 62
Historial
Oferecido pelo autor à Academia Real de Belas-Artes de Lisboa, em 1898, como prova de candidatura a Académico de Mérito. Integrado no MNAC em 1912.

Exposições
Lisboa, 1894, 61; Lisboa, 1913, 62; Macau, 1986, cor; Queluz, 1989, 55.

Bibliografia
Catalogo illustrado da 4ª Exposição de Bellas-Artes do Grémio Artístico, 1894, des.; ARTHUR, 1903, 36; Pintura portuguesa no MNAC (...), 1927, 20, cor; BRAGANÇA, s.d. (c. 1936), 11; PAMPLONA, 1943, 141, p.b.; MACEDO, 1952, vol. 1, 242; PAMPLONA, 1954, vol. I; Os Naturalistas Portugueses, 1986, cor; MATIAS, 1986, 38 e 88 cor; MACEDO, s.d., 406, p.b.
Praticando o tardo-naturalismo de feição ruralista, Condeixa fixa aqui o quotidiano aldeão de uma camponesa que se dirige à fonte, no momento do crepúsculo.
A figura, vista em contre-plongée, surge numa artificiosa pose castiça, rodeada de adereços e enquadrada pelas arquitecturas estudadas e cenográficas do casario.
Uma vertente descritiva, realçada pelos adereços do alguidar de cobre e da vassoura, estudadamente colocados, corresponde a um naturalismo ruralista de Salon, que se compraz na descrição mitificada e convencional da ruralidade.

Raquel Henriques da Silva